Denúncia por tentativa de homicídio: MP denuncia Oruam e outros por ataques a policiais no Rio de Janeiro

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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro apresentou uma denúncia contra Oruam por tentativa de homicídio qualificada contra dois policiais civis durante uma operação no bairro do Joá, Zona Oeste da cidade. Além de Oruam, Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira, de 22 anos, também foi incluído na denúncia. Durante a madrugada de 22 de julho, os agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) estavam cumprindo um mandado de busca e apreensão contra um menor acusado de tráfico, que estava na residência de Oruam. Após a apreensão do adolescente, Oruam e outros indivíduos não identificados passaram a lançar pedras contra os policiais de uma altura considerável, ocasionando ferimentos em um dos agentes.

A denúncia destaca que os réus agiram com dolo eventual, assumindo o risco de matar os policiais, uma vez que as pedras lançadas eram capazes de causar ferimentos letais. O Ministério Público solicitou a prisão preventiva dos acusados, considerando o risco à ordem pública, à condução do processo e à aplicação da lei. Além dos ataques físicos, Oruam fez publicações nas redes sociais incitando a violência contra a polícia e desafiando abertamente a presença dos agentes no Complexo da Penha, o que pode resultar em uma acusação de tentativa de homicídio qualificado, conforme a Lei dos Crimes Hediondos.

Após a operação, Oruam permaneceu foragido por algumas horas até se entregar às autoridades. Além da tentativa de homicídio, ele está respondendo por sete crimes, incluindo tráfico de drogas, associação ao tráfico, resistência qualificada, desacato, dano qualificado, ameaça e lesão corporal. O menor apreendido, conhecido como “Menor Piu”, também se entregou à polícia, sendo identificado como um dos principais ladrões de carros do Rio e segurança de um dos líderes do Comando Vermelho no RJ.

A defesa de Oruam negou a tentativa de homicídio, alegando que ele agiu em legítima defesa após ser ameaçado de morte. Segundo a assessoria do cantor, a ação policial foi marcada por violações de direitos, incluindo a ausência de mandado judicial adequado e abuso de autoridade. A defesa ressaltou que Oruam se entregou voluntariamente às autoridades e contestou as acusações de forma veemente, alegando que ele é um artista legítimo e um cidadão de bem. A situação continua em desenvolvimento, aguardando os desdobramentos do processo judicial e as decisões das autoridades competentes.

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