O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu uma denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que revela um plano de golpe de Estado com a anuência do ex-presidente Jair Bolsonaro. O plano, intitulado Punhal Verde Amarelo, visava assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes. De acordo com o procurador-geral, Paulo Gonet, Bolsonaro estava ciente e concordou com as ações, que incluíam o uso de armas e envenenamento.
O plano Punhal Verde Amarelo foi arquitetado enquanto o Ministério da Defesa reconhecia a inexistência de fraude nas eleições. As atividades eram minuciosas e perigosas, com o STF como alvo principal. A denúncia da PGR destaca que o plano contemplava a morte dos envolvidos por meios como explosivos ou envenenamento. Além de Bolsonaro, mais 33 foram denunciados por golpes de Estado, abolição violenta do Estado Democrático e organização criminosa, incluindo militares como Walter Braga Netto e Mauro Cid.
Execução e Preparativos
A execução inicial do plano foi a Operação Copa 2022, que envolveu o monitoramento dos alvos, incluindo o ministro Alexandre de Moraes e o presidente eleito Lula. No dia 15 de dezembro de 2022, os operadores do plano estavam prontos para agir, mas não conseguiram cooptar o Comando do Exército. A fase mais violenta começou em 9 de novembro de 2022, quando o documento foi impresso no Palácio do Planalto e levado ao Palácio da Alvorada.
A anuência de Bolsonaro ao plano é comprovada por diálogos posteriores, incluindo um áudio de WhatsApp onde Mário Fernandes relata ter discutido o momento ideal para a execução das ações com o ex-presidente. Essas evidências reforçam a participação da alta cúpula na operacionalização do plano.