Última atualização 14/06/2022 | 17:39
Na última quarta-feira (8), em Goiânia, a Polícia Civil efetuou a prisão de um idoso por maus-tratos a animais. Após audiência de custódia, ele pagou uma fiança de R$ 1,5 mil e responderá o inquérito em liberdade. Por isso, o Diário do Estado foi atrás de mais informações a respeito desses crimes específicos na capital.
Maus-tratos em Goiânia
A delegada Simelli Lemes é responsável pelas denúncias de maus-tratos a animais domésticos em Goiânia. De acordo com ela, os casos mais comuns são agressões a cachorros. Em seguida, vêm os gatos. Por fim, cavalos e galos, esses com ocorrências mais raras.
Os registros ainda são novos. “É um pouco delicado falar em estatísticas. […] Temos estatísticas da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (DEMA) no estado a partir de 2020, e em Goiânia, que também é recente, a partir deste ano”, afirma Simelli.
A delegada revelou que, em 2020, foram 900 denúncias e registros de ocorrência. Em 2021, esse número subiu para 1.300. Neste ano, entre os meses de janeiro e maio, já foram feitas 362 denúncias e registros. Cerca de mil denúncias acontecem por ano, mas várias vezes elas não se confirmam.
“Em Goiânia houve uma diminuição de denúncias porque temos feito um trabalho um pouco mais aprofundado de orientação. As pessoas denunciam muito na delegacia, mas também pedem muito socorro. Entram para tudo, e a gente começou a fazer atendimentos que não são aqui”, explica a delegada.
Segundo ela, as estatísticas diminuíram não necessariamente por conta da diminuição de casos, mas sim porque a Polícia Civil está filtrando melhor casos que configuram crime. As autoridades locais vêm incentivando o registro dessas denúncias, exatamente para que haja uma maior filtragem.