Denúncias graves atingem set de filme sobre Jair Bolsonaro

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A produção do filme norte-americano Dark Horse, que reconta o atentado a faca contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, foi alvo de denúncias feitas por trabalhadores brasileiros que participaram das gravações entre outubro e novembro de 2025, em São Paulo. As queixas incluíam relatos de agressões e más condições de trabalho. Figurantes e técnicos se queixaram de dificuldades estruturais e condições inadequadas, como divulgado pela Revista Fórum.
A obra é dirigida por Cyrus Nowrasteh e conta com Jim Caviezel e Mário Frias em papéis principais. O roteiro envolve cenas de ação na Amazônia, com confrontos contra cartéis de droga ao lado de indígenas e xamãs. Um dos depoimentos publicados foi o do ator Bruno Henrique, que relatou ter sido agredido por membros da segurança durante as filmagens no Memorial da América Latina.
Além das agressões, houve relatos de atrasos nos pagamentos e episódios de alimentação inadequada, incluindo comida estragada. O Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões de São Paulo abriu um dossiê com denúncias recebidas, que apontavam práticas irregulares na contratação, como descontos no cachê para transporte.
O Sindcine destacou que produções estrangeiras devem seguir as convenções coletivas e registrar a equipe nacional e internacional. A presidenta Sonia Santana afirmou que não cumprir a legislação local gera insegurança. O Sated-SP também manifestou preocupação com a situação e pediu maior rigor do Ministério do Trabalho no caso.
A GoUp Entertainment, responsável pela produção, não se pronunciou sobre as denúncias até o momento. Já a J&D Produções, encarregada da seleção de elenco, respondeu por questões contratuais apenas, afirmando seguir as melhores práticas do mercado. A atenção para irregularidades e más condições de trabalho se torna fundamental nestes casos de produções estrangeiras.

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