Última atualização 24/09/2024 | 15:38
A influenciadora e advogada Deolane Bezerra foi liberada do presídio em Buíque, Pernambuco, na tarde desta terça-feira, 24, após o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) conceder habeas corpus a ela e outros 17 investigados. A decisão foi assinada pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, em resposta a um pedido da defesa de Darwin Henrique da Silva Filho, empresário dono da Esportes da Sorte, também preso na Operação Integration, que apura um esquema de lavagem de dinheiro proveniente de jogos de azar.
Deolane estava presa desde 10 de setembro por envolvimento em um esquema que movimentou aproximadamente R$ 3 bilhões. Inicialmente, ela havia sido colocada em prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica, mas a medida foi revogada após ela descumprir as restrições impostas pela Justiça. Agora, com o habeas corpus, Deolane e os outros investigados não precisarão usar tornozeleira, mas devem seguir diversas medidas cautelares, como não mudar de endereço sem autorização e não frequentar empresas ligadas à investigação.
A Operação Integration investiga uma quadrilha suspeita de utilizar empresas de apostas e compra de carros de luxo para lavar dinheiro de atividades ilegais, incluindo o jogo do bicho. Entre os presos na operação estão Solange Bezerra, mãe de Deolane, e outros empresários ligados ao setor. A polícia já bloqueou mais de R$ 2 bilhões em ativos financeiros e apreendeu bens de luxo, incluindo aeronaves e veículos.
A soltura de Deolane ocorre em um momento de avanço das investigações, que também envolvem o cantor Gusttavo Lima, alvo de um pedido de prisão na mesma operação. Apesar disso, Lima não foi contemplado pela decisão do habeas corpus. O desembargador Maranhão justificou a decisão citando a fragilidade das provas apresentadas até o momento pelo Ministério Público e a ausência de uma denúncia formal contra os investigados.
Agora, os envolvidos permanecem sob investigação, com a proibição de fazer publicidade para plataformas de jogos ou tomar decisões em empresas sob investigação, além do bloqueio de valores e bens relacionado ao esquema.
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