Deolane Bezerra é presa em operação contra lavagem de dinheiro e jogos ilegais no Recife

A influenciadora digital e advogada criminalista Deolane Bezerra foi presa no Recife, nesta quinta-feira (4), durante uma operação policial, batizada de “Ostentação”, que investiga crimes de lavagem de dinheiro e exploração de jogos de azar. A ação, que cumpre mandados de busca e apreensão em endereços ligados à influenciadora, mira um esquema que movimentava cifras milionárias. A prisão de Bezerra, conhecida por sua atuação nas redes sociais e por sua ligação com o mundo do funk, causa grande repercussão nacional.
De acordo com as investigações, a influenciadora utilizava suas empresas e contas bancárias para lavar dinheiro proveniente de jogos de azar ilegais. A investigação, que já dura alguns meses, aponta para a existência de um esquema sofisticado, com ramificações em outros estados. Além da prisão de Deolane Bezerra, também foram expedidos outros 18 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão em Recife, Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba e Goiânia.

A Polícia Civil informou que foi decretado o sequestro de bens da influenciadora, como carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações e bloqueio de ativos financeiros no valor de R$ 2,1 bilhões. Além disso, também foi determinado a entrega de passaporte, a suspensão do porte de arma de fogo e o cancelamento do registro de arma de fogo da advogada.

A prisão de Bezerra, decretada pela Justiça do Recife, é preventiva, o que significa que ela ficará detida por tempo indeterminado, sem a necessidade de pagamento de fiança. A polícia ainda não divulgou detalhes sobre o inquérito, mas a expectativa é que novas informações sejam reveladas nos próximos dias.

A operação contou com a colaboração da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), e das policiais civis dos estados de São Paulo, Paraná, Paraíba e Goiás. Ao todo, 170 policiais estão envolvidos na operação.

 

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Presidente Lula anuncia corte de gastos que afetará os militares: impacto fiscal de R$ 2 bilhões por ano.

A inclusão dos militares no pacote de medidas de corte de gastos anunciado pelo presidente Lula e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, resultará em um impacto fiscal de R$ 2 bilhões por ano. Essas medidas visam buscar a sustentabilidade fiscal e controlar os gastos públicos, o que inclui a revisão das despesas em diversos setores do governo, como Defesa, Saúde, Educação, Previdência Social e Trabalho e Emprego.

Os militares, que anteriormente foram submetidos a uma reforma no Sistema de Proteção Social das Forças Armadas, enfrentam resistência e desafios em relação às mudanças propostas. O governo enfrenta dificuldades para lidar com a jurisprudência e a resistência de setores da caserna, mostrando a complexidade de aproximá-los das medidas de corte de gastos.

Fernando Haddad destacou que os dados sobre os impactos fiscais não foram totalmente transparentes, dificultando o cálculo preciso do impacto das medidas nos militares. No entanto, ele afirmou que o impacto estimado é de cerca de R$ 2 bilhões por ano, sendo essa a ordem de grandeza dos cortes.

A previsão é que o anúncio oficial das medidas de corte de gastos ocorra entre segunda e terça-feira, após uma reunião com o presidente Lula para ajustar os detalhes finais dos textos a serem apresentados. As medidas devem seguir o trâmite de proposta de emenda à Constituição e projeto de lei complementar, com expectativa de envio ao Congresso ainda em novembro.

Além disso, o governo busca garantir a eficácia da nova regra de controle dos gastos públicos, buscando a sustentabilidade financeira. A expectativa é que, além da Defesa, outras pastas importantes sejam impactadas pelas medidas de corte de gastos, demonstrando o compromisso do governo com a austeridade fiscal e o equilíbrio orçamentário. Os desafios e empecilhos para implementar essas medidas envolvem questões políticas, econômicas e estruturais, que exigem um esforço conjunto para garantir o sucesso das reformas.

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