Última atualização 12/09/2024 | 10:32
Deolane Bezerra tem passado por péssimos dias desde que foi presa na última quarta-feira, 4. A influenciadora chegou a ter a prisão homologada para domiciliar, mas foi detida novamente após descumprir regras do habeas corpus. Com isso, ela voltou para a prisão na última terça-feira, 10, e foi levada até a Colônia Penal Feminina de Buíque, a 300 quilômetros de Recife (PE).
Agora, a advogada vive uma situação extremamente delicada. Deolane está detida em um presídio com superlotação de detentas, com o dobro da capacidade. Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), atualmente, o CPFB tem 228 mulheres presas, sendo quatro delas gestantes.
No entanto, o que mais chocou a internet foi o fato de que a influenciadora está dividindo o presídio com duas conhecidas do Pernambuco: as Canibais de Garanhuns. Isabel Cristina Torreão Pires e Bruna Cristina Oliveira da Silva estão no presídio desde 2014, quando foram condenados a mais de 20 anos de prisão pela morte, esquartejamento, ocultação de cadáver e prática de canibalismo.
Canibais de Garanhuns
Os crimes cometidos por Isabel e Bruna aconteceram entre 2008 e 2012. Na ocasião, a dupla, juntamente com Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, atraia mulheres com promessas de uma vida melhor e, em seguida, as matavam. Parte dos corpos eram comidas e até transformadas em recheios de empadas que eram vendidas nas ruas do município de Garanhuns.
O trio cometeu o primeiro crime em 2008, sendo a primeira vítima uma jovem de 17 anos. Eles consumiram o corpo da vítima e Bruna assumiu a identidade dela para criar a filha da jovem como dela. Outros dois assassinatos ocorreram em 2012, com o mesmo modus operandi.
Os suspeitos confessaram o crime e informaram ter o cometido como forma de ‘purificação espiritual’, seguindo uma seita chamada ‘Cartel’ da qual eles eram membros.
Bruna e Isabel foram condenadas a mais de 20 anos de prisão e cumprem pena na Colônia Penal Feminina de Buíque, respondendo pelos crimes de homicídio qualificado, vilipêndio e ocultação de cadáver.
Cela privativa
Deolane foi presa durante a Operação Integration, que investiga lavagem de dinheiro e práticas ilegais de jogos de azar. Deolane passou cinco dias no presídio Bom Pastor, até que obteve prisão domiciliar, a qual ela violou.
Entre as violações da influenciadora incluem manifestações públicas e críticas à Polícia Civil. Apesar das proibições, Deolane veio a público se manifestar contra a prisão e descumpriu uma das ordens dadas pela Justiça. A juíza responsável pelo caso, Andréa Calado da Cruz, considerou que essas atitudes tinham o objetivo de influência a opinião pública obstruir a justiça. Com isso, a prisão domiciliar da influenciadora foi revogada e ela voltou para o presídio.
Apesar da superlotação, Deolane Bezerra está detida em uma cela privativa no presídio.