A tentativa de golpe envolvendo o ex-presidente Bolsonaro é um assunto que tem ganhado destaque nos últimos dias. O brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica, prestou um depoimento importante ao STF, onde confirmou que Bolsonaro estava ciente e participou de reuniões sobre a trama golpista. Além disso, o general Freire Gomes teria ameaçado prender o ex-presidente caso o golpe fosse adiante. Baptista Júnior também ressaltou que Bolsonaro sabia que não houve fraudes nas eleições.
Em seu depoimento, Baptista Júnior confirmou diversos pontos importantes, como a participação de Bolsonaro em uma reunião sobre o plano de golpe. Ele também destacou que o general Freire Gomes ameaçou prender Bolsonaro, e que Paulo Sérgio Nogueira apresentou uma minuta golpista aos comandantes. Outro ponto relevante foi a declaração de que o chefe da Marinha colocou tropas à disposição da trama golpista.
Em relação à reunião sobre o plano golpista, o ex-comandante da Aeronáutica confirmou que houve um encontro no Palácio da Alvorada para discutir hipóteses de atentar contra o regime democrático. Foram mencionados meios como uma Operação de Garantia da Lei e da Ordem ou a implementação de um Estado de Defesa ou de Sítio. A reunião teria ocorrido na primeira quinzena de novembro de 2022.
Durante o depoimento, Baptista Júnior também falou sobre a ameaça de prisão feita pelo general Freire Gomes a Bolsonaro. Além disso, ele abordou a apresentação de uma minuta golpista por Paulo Sérgio Nogueira e a disponibilização das tropas por Almir Garnier para a trama golpista. O ex-comandante também relatou discussões sobre a prisão do ministro Alexandre de Moraes do STF.
Por resistir à iniciativa golpista, Baptista Júnior afirmou ter sofrido vários ataques, inclusive sendo chamado de “melancia” nas redes sociais. Ele enfatizou que os ataques eram ordenados pelo ex-ministro da Casa Civil Walter Souza Braga Netto. Além disso, o ex-comandante da FAB destacou que a tentativa de golpe não prosperou devido à falta de adesão unânime das Forças Armadas.
Por fim, Baptista Júnior confirmou que Bolsonaro tinha conhecimento da inexistência de fraudes no sistema eleitoral, sendo informado disso pelo ministro da Defesa e em reuniões. Ele também mencionou que Bolsonaro teria pressionado para adiar a divulgação de um relatório que atestava a lisura das urnas. Este depoimento do ex-comandante da Aeronáutica trouxe à tona informações importantes sobre os acontecimentos relacionados à tentativa de golpe envolvendo o ex-presidente Bolsonaro.