Depois de queda, preço da cesta básica volta a aumentar 8,64%, em Goiânia

O ditado popular ‘não há nada tão ruim que não possa piorar’, que faz parte do vocabulário do povo goiano, nunca fez tanto sentido. Isso porque o preço da cesta básica, em Goiânia, aumentou 8,64% em julho, se comparado ao mês passado, segundo uma pesquisa realizada pelo Programa de Defesa do Consumidor da capital (Procon). O valor do produto, conforme o órgão, passou de R$ 591,27 para R$ 642,35. 

Para realizar a pesquisa, o Procon visitou 10 estabelecimentos entre os dias 19 e 22 de julho. Ao todo, 30 produtos da mesma marca que compõem a cesta básica foram pesquisados, sendo que a oscilação do valor destes itens chegou a 380%.

Ranking de preços da cesta básica

O preço do tomate comum, por exemplo, apresentou a maior diferença de preço. O produto pode ser encontrado de R$ 1,87 a  R$ 8,99 o quilo. Além da fruta, a pesquisa também apurou que o preço da carne que apresentou variação de quase 90%. O quilo do coxão mole, inclusive, pode ser comprado de R$ 35,90 a R$ 68,01 o quilo. 

O leite, por outro lado, teve variação de 41,63%, com oscilação entre R$6,99 e R$ 9,90. Já o preço do arroz tipo 1, teve a menor variação apontada na pesquisa, com diferença de até 22,85% (R$ 17,90 e R$ 21,99).

De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), os maiores valores da cesta básica estão na cidade de Florianópolis e São Paulo. Já os menores estão na cidade de Aracaju e Salvador.

Na comparação entre as capitais pesquisadas, Goiânia estava em 8º lugar em abril, foi para 9° lugar em maio e se manteve em 9º no mês de junho, com a cesta básica no valor de R$ 674,08. Em caso de elevações abusivas de preço, o Procon Goiânia recomenda aos consumidores que denunciem pelos canais de atendimento: (62) 3524-2942, 3524-2936 e pelo aplicativo Prefeitura 24hrs.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp