Voo com 96 brasileiros deportados dos Estados Unidos chegou a Fortaleza na manhã desta sexta-feira (11) às 9h. Este é o sexto voo a desembarcar no Brasil desde que Donald Trump assumiu a presidência dos EUA e adotou políticas para deportados estrangeiros ilegais. O delegado da Polícia Federal Marcos Luz informou que um dos passageiros foi preso assim que aterrissou, por possuir um mandado de prisão por roubo determinado pela Justiça do Paraná.
Mais de 80% dos passageiros eram homens desacompanhados, 13% eram mulheres, além de uma criança e um adolescente. A capital cearense foi escolhida como destino para evitar que brasileiros deportados sobrevoem o território nacional algemados. O voo de repatriados seguiu para o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins (MG), com previsão de chegada às 15h, em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).
Durante a operação, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) disponibilizou 50 passagens para deslocamento interestadual dos repatriados, sendo 30 para aqueles que desembarcaram em Fortaleza e se destinam a estados do Norte e do Nordeste, e 20 para repatriados encaminhados a Confins para deslocamento para estados do Sudeste, Centro-Oeste e Sul. O acolhimento em Fortaleza é realizado no Posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante (PAAHM), enquanto em Confins, os repatriados são recebidos em uma sala adaptada, com infraestrutura de apoio.
Os serviços oferecidos aos repatriados incluem alimentação, kits de higiene, atendimento de saúde, suporte psicossocial, orientações sobre direitos, encaminhamentos para serviços públicos, apoio logístico para deslocamento até as cidades de origem e contato com familiares, além de acolhimento temporário, se necessário. A operação de acolhimento é feita em parceria entre Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), da Saúde (MS), Desenvolvimento e Assistência Social Família e Combate à Fome (MDS), Relações Exteriores (MRE), Defesa (MD), Justiça e Segurança Pública (MJSP), Polícia Federal, Defensoria Pública da União, governos estaduais e concessionárias aeroportuárias Fraport Brasil e BH Airport.
O Ministério dos Direitos Humanos informou que a operação vai garantir apoio logístico para repatriados até seus estados e cidades de origem, contato com familiares e, se necessário, oferta de acolhimento temporário. Todos os voos de brasileiros deportados dos EUA durante o segundo mandato de Donald Trump são registrados e incluídos na listagem oficial, com o objetivo de monitorar e investigar cada caso individualmente, visando garantir a segurança e integridade dos deportados.