Deputada de MA defende sessão apenas com homens e diz que “mulher é submissa ao marido”

A deputada estadual Mical Damasceno (PSD-MA) causou polêmica nas redes sociais ao defender que o “homem é o cabeça da família” e “a mulher é submissa ao marido”. As declarações da parlamentar foram feitas durante uma sessão plenária na Assembleia Legislativa do Maranhão (Alema).

Durante a sessão, Damasceno defendeu que apenas homens devem participar da sessão solene que será realizada no dia 15 de maio, quando é comemorado o “Dia da Família”. A justificativa para que isso aconteça é, segundo Mical, com o objetivo de “mostrar a sociedade que o cabeça da família é o homem”.

“Vamos encher esse plenário aqui de macho. A mulher tem que entender que ela deve submissão ao marido, doa a quem doer.”, disse a deputada.

A fim de contar com o apoio da presidente da Alema, Iracema Vale (PSB), a deputada aproveitou para conduzir a fala até ela e informou que, como católica praticante, a política deve saber que a “cabeça da família é o homem, assim como Cristo é a cabeça da Igreja”.

Em resposta, a presidente ironizou a parlamentar dizendo que “a cabeça só vai para onde o pescoço leva”. Os argumentos de Damasceno acabaram repercutindo de forma errada nas redes sociais.

Em nota, a Alema informou que a sessão solene para comemora o “Dia da Família” será abeta para homens e mulheres. O parlamento ainda ressaltou que a declaração feita por Damasceno se trata de “uma opinião da parlamentar, respeitada dentro da pluralidade que compõe o parlamento estadual”.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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