Deputada apresenta projeto de lei que visa capacitar e incluir jovens órfãos no mercado de trabalho em Goiás

Deputada apresenta projeto de lei que visa capacitar e incluir jovens órfãos no mercado de trabalho em Goiás

A deputada Dra. Zeli (UB) apresentou projeto de lei nº 2928/24, para promover a capacitação profissional e inclusão do jovem órfãos no mercado de trabalho em Goiás. O projeto foi apresentado pela parlamentar em plenário no final de fevereiro, após sugestão de um aluno do programa de formação política voltado a estudantes universitários realizado pela Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).

 Ao apresentar o projeto, a deputada ressaltou a importância da iniciativa. “Eu tenho propriedade para falar, pois cresci sem a presença do meu pai e entendo a necessidade de receber apoio nesse momento e nada mais justo que o Estado poder olhar para esses jovens, estender as mãos e abrir o caminho”, destacou.

A iniciativa é destinada a adolescentes e jovens órfãos em situação de vulnerabilidade ou risco social, com idade entre 14 e 18 anos, residentes em instituições de acolhimento e guarda reconhecidas como entidades beneficentes de assistência social ou educacional pelo poder público.

A parlamentar afirma que o projeto é embasado em dados que revelam a importância de abordagens focadas na capacitação profissional e inserção efetiva dos jovens no mercado de trabalho. Em uma pesquisa realizada pela Secretaria de Desenvolvimento Social de Goiás indica que mais de 60% dos jovens órfãos, ao atingirem a maioridade, enfrentam dificuldades para ingressar no mercado de trabalho devido à falta de qualificação.  

O objetivo é qualificar esses adolescentes, de forma social e profissional, disponibilizando oportunidades para que eles possam ingressar no mercado e ampliar os seus conhecimentos, habilidades e promover o desenvolvimento e a inclusão social.

Dessa forma, os jovens poderão ter acesso aos programas e projetos públicos como financiamento estudantil, primeiro emprego, habitação popular, atendimento psicológico especializado com acesso a medicamentos e preenchimento de vagas de estágio supervisionado em órgãos e entidades da Administração Pública.

A matéria está sendo analisada na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) para, posteriormente, seguir para votação em plenário.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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