A deputada federal Silvye Alves (União Brasil) confirmou, nesta segunda-feira, 5, que esteve reunida com a Polícia Federal na Câmara dos Deputados para tratar de ameaças que ela e sua família vêm recebendo nos últimos dias. “Agora eu terei proteção por 24 horas”, disse a parlamentar em vídeo postado no seu perfil no Instagram.
Procurada pelo Diário do Estado, a assessoria de Silvye disse que ataques contra ela têm chegado por meio das redes sociais, incluindo Whatsapp dos assessores. “O Departamento de Polícia Legislativa da Câmara também já foi acionado e está trabalhando pra identificar os autores”, informou.
O pedido para que a deputada federal goiana e sua família tenham escolta policial por 24 horas foi feito nesta segunda-feira pelo líder do União Brasil – partido de Silvye – deputado Elmar Nascimento, ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
“Confirmo a Vossa Excelência a existência de suspeitas fundamentadas de ameaças contra a vida da Deputada Silvye Alves, bem como de sua família, devido ao seu posicionamento quando das votações de temas relevantes para esta Casa e para o país”, diz trecho do documento. A liderança do partido pleiteia escolta “até o término das ameaças e a consequente punição dos envolvidos”.
Entenda o caso
A deputada Silvye Alves tem despertado a ira de eleitores bolsonaristas depois de ter votado, na última semana, a favor da Medida Provisória (MP) que aumentava o número de ministérios do governo Lula. Seu colega, Gustavo Gayer (PL), divulgou em suas redes sociais fotos dos parlamentares goianos que, segundo ele, “estavam fechados com o PT”. Silvye reagiu e justificou-se dizendo que o atual governo criou ministérios relacionados às pautas que defende. Além disso, declarou guerra à Gayer e disse que vai levá-lo ao Conselho de Ética. Desde então, ambos tem trocado ataques públicos.