Deputado acusado de estupro votou a favor de castração a estupradores
No dia em que soube ser formalmente acusado de pedofilia, deputado Alcides Ribeiro (PL) votou a favor da castração química para estupradores. Acusado por uma família de estuprar um menino de 13 anos, o deputado federal Professor Alcides Ribeiro (PL-GO) votou a favor da castração química a estupradores. Tanto a operação policial para investigar o caso quanto a votação na Câmara ocorreram nesta quinta-feira.
O texto foi aprovado no plenário e segue para o Senado. Ou seja: caso venha a ser condenado, Alcides Ribeiro poderá ser alvo da castração que ele mesmo propôs.
O crime de estupro de vulnerável é caracterizado pela conjunção carnal ou qualquer ato libidinoso com menor de 14 anos, independentemente do consentimento da vítima. Atualmente, a pena para esses casos é de 8 a 15 anos de prisão. Um projeto na Câmara busca aumentar a punição para 18 a 23 anos de detenção. A proposta será analisada em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e, depois, seguirá para votação no plenário.
A família afirma que os abusos teriam começado quando o jovem, hoje com 16 anos, tinha 13. Um detalhe sórdido permeia as acusações contra o deputado Alcides Ribeiro. Em 2016, o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) denunciou o suposto modus operandi do parlamentar.
Nas eleições municipais deste ano, declarou possuir R$ 9,4 milhões em bens. Com o apoio de Bolsonaro (PL), ficou em segundo lugar na disputa pela Prefeitura de Aparecida de Goiânia, sendo superado por Leandro Vilela (MDB). Dono de Faculdade DE Alfredo Nasser (Unifan), localizada no Jardim das Esmeraldas, Goiânia, em 2021, Alcides Ribeiro se envolveu em uma discussão com alunos da faculdade que cobravam a matrícula de dois estudantes.
A operação da Polícia Civil de Goiás, realizada nesta quinta-feira, resultou na prisão de três pessoas, entre elas um assessor e um segurança de Alcides Ribeiro que mora na residência do deputado. Eles foram acusados de roubo e ameaça por entrarem armados na casa do adolescente, que estaria supostamente se relacionando com Ribeiro. O objetivo era apagar eventuais provas da relação íntima, como fotos, vídeos e conversas. Os suspeitos forçaram o menor a fornecer a senha do celular para apagar imagens que estavam na galeria de fotos e salvas na nuvem.
A coluna tentou contato com o deputado, mas não teve resposta. O espaço segue aberto para manifestações. Envie informações e sugestões à coluna pelo WhatsApp: (61) 99364-9292.