Deputado federal e pai brigam por fazenda no interior da Bahia

Deputado federal e pai brigam por fazenda no interior da Bahia

A disputa por uma fazenda no interior da Bahia virou caso polícia entre a família de um deputado federal. Ricardo Maia (MDB-BA) e o pai dele, o pecuarista José Edson Brito Maia, entraram em um confronto judicial após ambos afirmarem serem donos de uma propriedade de cerca de 280 hectares em Ribeira do Pombal.

Boletins de ocorrência (BOs), registrando pela madrasta do deputado federal e o pai, alegam que, no início de outubro, Ricardo Maia mandou um funcionário derrubar com um trator a cerca e a porteira da fazenda, após Zelitão passar uma corrente no local. Com o processo, o parlamentar foi proibido de se aproximar do genitor e da madrasta.

Brigas familiares

Segundo o colunista Tácio Lorran, do Metrópoles, pai e filho não se falam desde 2021 e dispararam ofensas ao serem entrevistados para a matéria jornalística. Zelitão afirmou que o filho é considerado seu “inimigo pessoal” e que o parlamentar aproveita o cargo como deputado federal para “tomar” tudo que ele tem. “Ricardo quer ser o Deus todo-poderoso. Como ele tem o cargo de deputado federal, ele acha que é superior a tudo”, disse o genitor.

Zelitão também enviou fotos de documentos registrados em cartório que, segundo ele, comprovam que ele é o proprietário da fazenda, que é onde ele mora há 14 anos. “Eu fico acamado, passo dias sem sair da cama, e ele fazendo obra escondido, sem eu ver, dentro da minha propriedade, sem eu saber”, acusa Zelitão.

Já Ricardo Maia contradiz a fala do pai e diz que comprou o terreno há mais de 10 anos do genitor, alegando que registrou a propriedade como sua. No entanto, o deputado federal não compartilhou fotos de documentos que comprovam o fato.

“Respeito e irei tratar disso judicialmente, até mesmo pelo cargo que eu ocupo, que é de deputado federal, e irei me resguardar e vou buscar a lei e é isso que estamos fazendo, dos trâmites contra ele”, prosseguiu o parlamentar.

Ricardo Maia foi eleito deputado federal em 2022, mas antes havia cumprido dois mandados como prefeito de Ribeira do Pombal, em 2013 e 2020. Durante a última eleição para o cargo que exerce, Maia decretou que a propriedade está avaliada em R$ 1,5 milhão.

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PT solicita arquivamento de projeto de lei que prevê anistia a condenados por 8/1

Nesta quarta-feira, 20, o Partido dos Trabalhadores (PT) apresentou um requerimento ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, solicitando o arquivamento do Projeto de Lei (PL) nº 2.858. Este projeto prevê anistia aos condenados pela tentativa de golpe de Estado ocorrida no dia 8 de janeiro de 2022.
 
O documento foi entregue pela presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), e pelo líder do partido na Câmara, deputado federal Odair Cunha (PT-MG). Em nota, o PT avaliou que manter a tramitação do projeto é “inoportuno” e “inconveniente” para a democracia.
 
Essa posição do PT foi reforçada pelas recentes revelações, incluindo o atentado a bomba contra a sede do Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília e as conclusões da Polícia Federal no inquérito do 8 de janeiro. Estas investigações revelaram planos de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes.
 
Além de demonstrar a gravíssima trama criminosa dos chefes do golpe, a perspectiva de perdão ou impunidade dos envolvidos tem servido de estímulo a indivíduos ou grupos extremistas de extrema direita, segundo os deputados.
 

Operação da Polícia Federal

 
Na terça-feira, 19, a Polícia Federal deflagrou uma operação para desarticular uma organização criminosa responsável por planejar um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o pleito de 2022. O plano incluía o assassinato de Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin.
 
A corporação informou ter identificado um detalhado planejamento operacional, denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022. Ainda estavam nos planos a prisão e a execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que vinha sendo monitorado continuamente, caso o golpe de Estado fosse consumado.
 
Quatro militares do Exército e um agente da Polícia Federal foram presos na operação. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, autorizou a prisão preventiva do general da reserva Mário Fernandes e dos tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra Azevedo. Os quatro são integrantes das Forças Especiais do Exército, também conhecidos como “kibéris pretos”, altamente especializados em ações de guerrilha, infiltração e outras táticas militares de elite.
 
Também foi autorizada a prisão preventiva do agente da Polícia Federal Wladimir Matos Soares, suspeito de envolvimento no plano.

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