Apesar de ter anunciado durante o 1º Encontro Nacional do União Brasil – realizado em Aparecida de Goiânia no último final de semana – que deixaria o PP, legenda pela qual foi eleito deputado federal em 2022, e migraria para o União Brasil do governador Ronaldo Caiado, José Nelto só deve oficializar mesmo a troca partidária na segunda quinzena de julho.
Como pano de fundo para a mudança, a falta de espaço dentro do PP – fato que, em contato com a coluna, não é contestado pelo parlamentar. Pelo contrário. Ele diz abertamente que está alijado das decisões tomadas pelo núcleo duro da legenda – comandada em Goiás pelo presidente da Agência Goiana de Habitação (Agehab), Alexandre Baldy – e que “não foi contemplado sequer com uma Comissão Provisória”, fazendo referência à impossibilidade de indicar aliados para dirigir o partido em algum município goiano.
À Poder, José Nelto também confirmou que houve um acordo interno com a cúpula pepista a fim de que a troca de sigla não lhe gerasse nenhum questionamento judicial, uma vez que não há prazo legal neste ano de 2024 para que deputados, estaduais e federais, troquem de partido.
Segundo ele, tal acordo foi possível de ser costurado porque envolveu a mudança de legendas de outros deputados federais. Na prática, argumenta o parlamentar goiano, “ninguém saiu perdendo” no que diz respeito ao número de integrantes que cada partido tem na Câmara Federal.
Exemplificando: Nelto deixa o PP e vai para o União Brasil. Sua colega, Silva Cristina, de Rondônia, deve sair do PL e ir para o PP. Por sua vez, Fernando Máximo, também de Rondônia, se desfiliará do União Brasil rumo ao PL.