Deputado Glauber Braga segue em greve de fome na Câmara dos Deputados, assiste Black Mirror e dedica o sábado à família

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Em greve de fome, Glauber toma isotônico e assiste Black Mirror, diz PSOL

Equipe do deputado afirma que a greve de fome já dura 84 horas. Segundo o
partido, Glauber tem dormido pouco e dedicará o sábado (12) à família

O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) disse que continuará em greve de fome
na Câmara dos Deputados durante este fim de semana. O parlamentar está ingerindo
apenas líquidos, segundo sua equipe, desde quinta-feira (9) em protesto ao pedido de cassação de
seu mandato.

Em nota deste sábado (12), assessores do deputado afirmaram que já são 84 horas
em jejum, com exceção de água, água de coco e isotônico. Além disso, informaram
que o parlamentar dorme cerca de quatro horas por noite e, na última madrugada, assistiu a um episódio da série Black Mirror.

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Segundo a equipe de Glauber, “o sábado será dedicado à família”. Ele tem
recebido visitas na própria Câmara, onde também tem dormido e passado os dias.

ENTENDA

Na quarta-feira (9), o Conselho de Ética da Casa aprovou, por 13 votos a cinco,
o parecer que pede a cassação do deputado por quebra de decoro parlamentar.

Em protesto contra o resultado, o parlamentar afirmou que permanecerá nas dependências da Câmara dos Deputados até que o processo seja finalizado. Glauber é acusado de empurrar e expulsar um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) do Congresso Nacional durante uma confusão em 2024. Na ocasião, o deputado chegou a chutar o homem.

O PSOL, no entanto, considera o processo no Conselho de Ética uma “articulação golpista”. Segundo Glauber, o processo é resultado de uma retaliação do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), contra as denúncias feitas por ele no caso chamado de orçamento secreto. Lira nega.

Na última semana, o relator do processo no Conselho de Ética, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), leu o parecer que pede a cassação de Glauber. No relatório, Magalhães afirma que o colega “extrapolou dos direitos inerentes ao mandato, abusando, assim, das prerrogativas que possui”.

O deputado poderá recorrer da decisão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Se a CCJ rejeitar o recurso, o processo será encaminhado para o plenário, onde a cassação deverá receber ao menos 257 votos para ser aprovada.

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