Deputado goiano propõe projeto para que Bolsonaro tenha “poder de guerra”

Major Vitor Hugo, Gustavo Gayer... saiba quais bolsonaristas tiveram contas suspensas

No momento em que o governo de Jair Bolsonaro anunciou a demissão da cúpula das Forças Armadas, nesta terça-feira, 30, aliados do presidente tentam avançar projeto para dar ao chefe do Executivo o poder de instaurar uma condução típica de situações de guerra, tendo como justificativa a pandemia. Se a medida for aprovada, Bolsonaro poderá nos Estados e derrubar restrições impostas por governadores, como lockdowns.

Foi apresentado o pedido para o projeto ser votado em regime de urgência sob a defesa do deputado bolsonarista e líder do PSL na Casa, Major Vitor Hugo (GO). Um dos parlamentares mais próximos de Bolsonaro, o deputado disse que a iniciativa partiu dele. “Eu pensei em incluir mais a hipótese de pandemia para a Mobilização Nacional”, disse Vitor Hugo ao Estadão/Broadcast Político.

O projeto autoriza o  uso do instituto da Mobilização Nacional, mecanismo previsto na Constituição para ser usado em casos de guerra. O mecanismo dá poder ao presidente para intervir nos processos produtivos, seja industrial ou agrícola, requisitar a ocupação de bens e serviços e a convocação de civis e militares para atuarem no enfrentamento da crise, entre outros. O projeto pode abrir espaço para que o presidente assuma o controle das Polícias Militares estaduais.

Bolsonaro poderia definir o território nacional como “espaço geográfico” e passar por cima das decisões de governadores. O ministro Marco Aurélio Mello, porém, rejeitou o pedido.

“A Constituição não fala que é para guerra. Fala que pode ser usada para resolver um problema de grandes proporções”, afirmou Vitor Hugo. “Há a possibilidade de ser utilizado com a pandemia, mas tudo com a aprovação do Congresso Nacional”, completou.

Ainda assim, mesmo que o projeto seja aprovado, Bolsonaro precisaria da autorização do Legislativo para acionar a Mobilização Nacional. Para isso, seria necessário mais de 50% dos parlamentares presentes no dia da votação.

Veja a nota de esclarecimento do deputado.

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STF rejeita queixa de Michelle Bolsonaro contra Erika Hilton

Nesta quinta-feira, 26, o Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão significativa, rejeitando a queixa apresentada por Michelle Bolsonaro contra a deputada federal Erika Hilton. A queixa foi motivada por um comentário feito por Erika Hilton em março, que criticava a entrega do título de cidadã paulistana à ex-primeira-dama.

A decisão do STF mantém a imunidade parlamentar de Erika Hilton, protegendo-a de processos judiciais por declarações feitas no exercício de seu mandato. Essa imunidade é uma garantia constitucional para os parlamentares, permitindo-lhes expressar suas opiniões sem medo de represálias legais.

Acusações

Michelle Bolsonaro havia acusado Erika Hilton de injúria e difamação, alegando que as declarações da deputada a ofenderam. A ex-primeira dama pedia uma indenização de R$ 15 mil pelos comentários feitos pela parlamentar em março deste ano.

Na época, a psolista escreveu: “Não dá nem para homenagear Michelle Bolsonaro por nunca ter sumido com o cachorro de outra família porque literalmente até isso ela fez”. O comentário se refere ao caso do animal adotado pela ex-primeira-dama em 2020 que já tinha dono.

No entanto, o STF considerou que as afirmações de Erika Hilton estavam cobertas pela imunidade parlamentar, o que a isenta de responsabilidade legal por essas declarações.

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