Deputado propõe isenção de IPVA para veículos a gás natural e energia elétrica em Goiás

Filas de carros em Goiânia: deputado propõe incentivos para fabricação de veículos elétricos e híbridos em Goiás

O deputado estadual Jamil Calife (PP) apresentou nesta semana, ao plenário da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), um projeto de lei que propõe alterações na Lei nº 11.651 de Goiás. A medida visa estender incentivos fiscais para veículos elétricos e híbridos fabricados ou montados no estado.

Segundo o texto da proposta do parlamentar, os acréscimos propostos no Art.94 da lei contemplariam a isenção de pagamento do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para os seguintes tipos de veículos:

– XV – Veículo fabricado ou montado em Goiás, cujo motor de propulsão seja movido a gás natural ou energia elétrica;
– XVI – Veículo híbrido, fabricado ou montado em Goiás, que possua mais de um motor de propulsão, com pelo menos um deles movido a gás natural ou energia elétrica.

O objetivo do projeto, argumenta Calife, é tornar Goiás mais atrativo para investimentos das fabricantes de veículos elétricos e híbridos, incentivando a instalação e expansão de plantas produtivas no território nacional, além de fomentar iniciativas locais nesse setor.

Benefícios

Jamil Calife ressalta que a introdução desses veículos pode trazer ao mercado pode ser benéfica, com a baixa emissão de carbono e a possibilidade de utilização de energia renovável. A redução da dependência de componentes derivados do petróleo, bem como da poluição sonora e o uso de combustíveis mais econômicos são outros aspectos citados.

Para o deputado, a adoção desses veículos é fundamental para reduzir o impacto ambiental e para avançar em direção a um futuro mais sustentável. O parlamentar observa também que em outras unidades federativas do país, a ampliação de incentivos semelhantes está sendo discutida, dada a capacidade desse tipo de medida de promover o desenvolvimento econômico e ambiental.

O projeto aguarda encaminhamento para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), onde será avaliado quanto à sua legalidade e constitucionalidade.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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