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Deputados bolsonaristas vão pedir impeachment de ministro do STF

Última atualização 13/07/2023 | 15:30

Parlamentares da oposição estão se mobilizando em torno de um pedido de impeachment contra o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Eles alegam que Barroso cometeu o crime previsto em lei, ao declarar que “enfrentou o bolsonarismo”, no Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), nessa quarta-feira (12/7).

“A oposição entrará com processo de impeachment contra Barroso por cometer crime de “exercer atividade político-partidária”, alegam os parlamentares. Eles apontam o art. 39 da Lei 1079/1950, que classifica como crime de responsabilidade dos ministros do STF o exercício de “atividade político-partidária”.

O ministro foi um dos componentes da mesa de discussão “Justiça, reparação e democracia: por um Brasil livre do ódio”, durante do congresso. No evento, ele destacou ter participado de movimentos estudantis e afirmou que já enfrentou “a ditadura e o bolsonarismo”.

O magistrado foi vaiado e interrompido durante discurso, além de estudantes levantaram cartazes dizendo que o ministro é golpista e não defendeu o piso da enfermagem. De acordo com inciso II, do art. 52 da Constituição Federal, cabe ao Senado julgamentos os pedidos de impeachment dos ministros do STF.

Manifestações

Diversos deputados da oposição se manifestaram sobre o caso. Um dele foi o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). “Se, por um milagre, houver justiça nesse país, a perda do cargo é inegável”, escreveu em rede social.

 

Já a deputada Bia Kicis (PL-DF) disse que a fala do ministro é “gravíssima”. “O Ministro do STF, Barroso, afirmou em evento da UNE que venceu o Bolsonarismo. Em evento político partidário confessou que atuou contra uma força política. Gravíssimo! Nós, da oposição, entraremos com pedido de impeachment”, declarou, também em uma rede social.

 

Carlos Jordy (PL-RJ) e Júlia Zanatta (PL-SC) também se posicionaram:

 

“Perdeu, mané”

Essa não é a 1ª vez que Barroso se manifesta contra o bolsonarismo. Em novembro de 2022, depois da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas, o ministro do STF foi abordado por um manifestante em Nova York (EUA) que o questionou sobre o código-fonte das urnas eletrônicas –tema recorrente entre os apoiadores de Bolsonaro. Na época, o magistrado respondeu: “Perdeu, mané, não amola”.

Alguns meses antes, em junho do mesmo ano, Barroso foi hostilizando por um homem nos EUA, quando estava em Harvard para palestrar. O ministro foi chamado de “demônio” e “boquinha de veludo”.