Deputados da base e oposição confraternizam em almoço

Depois de trocarem farpas e ataques no plenário, deputados a favor e contra a instauração de inquérito contra o presidente Michel Temer se confraternizaram num animado almoço. O encontro foi realizado no gabinete do vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG).

Entre os presentes no almoço estavam o petistas Wadih Damous (RJ), Paulo Pimenta (RS), Paulo Teixeira (SP) e Nelson Pellegrino (BA), Sandra Brasil (PTB-RJ), filha do ex-deputado Roberto Jefferson, o algoz do mensalão, e Esperidião Amin (PP-SC). Os garçons da casa serviram costelinha de porco, galinhada, carne assada e feijão tropeiro. Para beber, foram servidos refrigerantes e sucos.

A tropa de choque de Temer foi representada no gabinete pelo deputado Carlos Marun (PMDB-MS). Os ministros Blairo Maggi (Agricultura) e Ricardo Barros (Saúde), convocados pelo Planalto para fazer pressão a favor de Temer, também estavam no encontro. “Lá na Bahia tem um ditado popular que diz: ‘De graça a gente pega até ônibus errado’”, disse Nelson Pelegrino. O colega dele de partido Paulo Teixeira minimizou: “Não é comida que compra voto”. Carlos Marun pediu aos garçons uma latinha de Coca-Cola. “É bom para digerir melhor”, explicou.

As informações são do Estadão

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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