Deputados estaduais de Pernambuco acusam o governo DE estado de utilizar verba de empréstimos aprovados pela Assembleia Legislativa DE Pernambuco (Alepe) para fins distintos dos originalmente previstos. Segundo os parlamentares, houve desvio de recursos que tinham destinação específica, sendo parte deles direcionados para serviços não contemplados nos contratos firmados com a Caixa Econômica Federal.
Durante uma coletiva de imprensa na Alepe, 13 dos 49 deputados estaduais demonstraram preocupação com o possível mau uso dos empréstimos autorizados. A situação se agravou com a solicitação do governo DE um novo crédito de até R$ 1,5 bilhão para investimentos em infraestrutura hídrica, urbana e rural, levando os parlamentares a questionarem a transparência na administração do dinheiro público.
O deputado Antônio Coelho, presidente da Comissão DE Finanças, apontou que dos R$ 1,7 bilhão autorizados para empréstimos entre 2023 e 2024, apenas 35% foram utilizados até o momento. Ele alertou para a falha na aplicação dos recursos públicos provenientes da Caixa Econômica Federal, enfatizando a necessidade de uma maior fiscalização por parte da Alepe para evitar desvios de finalidade.
Coelho destacou que o contrato previa investimentos em obras de infraestrutura, mas a descrição detalhada das ações foi retirada do documento original. Além disso, apontou que parte dos recursos foi desviada para a reforma do Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, sem as devidas comunicações e autorizações prévias dos órgãos competentes.
Os deputados também mencionaram casos em que verbas foram realocadas sem justificativa, como a destinação de recursos para a compra de programas de computadores para a Casa Civil em detrimento do Programa de Desenvolvimento Econômico e Social. Diante dessas inconsistências, o deputado Alberto Feitosa, presidente da Comissão DE Justiça, sinalizou a intenção de apresentar uma representação contra o governo estadual no Tribunal de Contas DA União (TCU).
As denúncias contra o governo DE Pernambuco geraram posicionamentos divergentes entre os parlamentares. Enquanto a base governista defende a aplicação correta dos recursos e critica a interpretação da oposição, outras vozes apontam para a necessidade de investigações mais aprofundadas para esclarecer os possíveis desvios de finalidade dos empréstimos obtidos. O desfecho desse episódio ainda é incerto, com as comissões da Alepe conduzindo análises minuciosas dos contratos firmados e mantendo a pressão sobre as autoridades responsáveis pela gestão financeira do estado. Em meio a essas revelações, o governo de Pernambuco ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.