Deputados do PL são acusados de vender emendas parlamentares, revela investigação da Polícia Federal – STF julgará caso com provas robustas de corrupção.

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A Procuradoria-Geral da República, em investigação realizada pela Polícia Federal, identificou indícios da comercialização de emendas parlamentares por deputados do PL. Segundo a PGR, os deputados Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE) estariam envolvidos em um esquema de negociação de verbas destinadas às bases eleitorais. As acusações foram feitas em agosto do ano passado e os parlamentares respondem por organização criminosa e corrupção passiva, em um processo que corre em sigilo no Supremo Tribunal Federal.

Os representantes do PL teriam participação ativa na operação criminosa, segundo a denúncia da PGR. Josimar Maranhãozinho, apontado como líder do esquema, exerceria influência sobre as emendas parlamentares dos colegas. Anotações encontradas no escritório do deputado indicam um controle detalhado das cobranças e destinos desses recursos. Além disso, trocas de mensagens entre os envolvidos revelaram informações sobre contas bancárias para o depósito de vantagens obtidas de forma ilícita.

Diante das evidências reunidas pela Polícia Federal, o relator do caso, ministro Cristiano Zanin, determinou que a acusação seja julgada pela Primeira Turma do STF. A data do julgamento ainda será definida, mas as investigações apontam para a atuação do grupo na liberação de pelo menos R$ 7 milhões em emendas, incluindo verbas destinadas à saúde. Operadores da suposta organização criminosa teriam chegado ao extremo de pressionar e intimidar um prefeito para que ele se juntasse ao esquema, sem sucesso.

A Procuradoria-Geral da República analisou minuciosamente anotações, mensagens e áudios que forneceram indícios robustos da participação dos deputados do PL no esquema de comercialização de emendas parlamentares. As comunicações entre os parlamentares, bem como os registros feitos no escritório de Josimar Maranhãozinho, corroboram com as acusações de corrupção e organização criminosa. As investigações continuam em andamento, à medida que mais detalhes sobre o funcionamento e os integrantes do suposto esquema vêm à tona.

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