Deputados do PT travam nova disputa pela “prefeitura” da Alesp
Deputados da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) já fecharam acordo para a reeleição do presidente André do Prado (PL), enquanto a bancada do PT disputa a 1ª Secretaria. Mesmo durante o recesso parlamentar, que segue até o início de fevereiro, os parlamentares estaduais da Alesp já se movimentam pela eleição da Mesa Diretora, com destaque para a bancada do PT, que deve liderar novamente a 1ª Secretaria, conhecida internamente como “prefeitura” da Casa.
Pela primeira vez, a Alesp poderá reeleger os atuais integrantes da Mesa na próxima eleição, marcada para o dia 15 de março. Já existe um acordo para a reeleição do presidente André do Prado (PL) e os deputados planejam manter a distribuição das secretarias de acordo com o tamanho das bancadas.
Com isso, PT e PSDB manterão, respectivamente, a 1ª e a 2ª Secretarias da Alesp. No caso dos tucanos, já há um acordo da bancada, formada em federação com o Cidadania, para indicar o deputado Barros Munhoz ao posto, que é atualmente ocupado por Rogério Nogueira. Cabe ao 2º secretário indicar 40 funcionários, fiscalizar a folha de frequência dos parlamentares e cuidar dos livros de inscrição dos oradores no plenário.
A 1ª Secretaria, conhecida como “prefeitura” por lidar com a parte administrativa, é considerada uma das mais influentes da Casa. O 1º secretário tem funções como fiscalizar as despesas, receber e elaborar as correspondências. Além disso, o posto é alvo de disputa por permitir a indicação de 71 cargos.
A escolha do 1º secretário, em 2023, provocou uma disputa entre diferentes alas do PT, envolvendo quadros nacionais do partido. A reunião da bancada para chegar a um consenso deve ocorrer na primeira semana de fevereiro, junto com a definição dos próximos líderes da bancada e da Minoria.
Em outubro do ano passado, a Alesp aprovou por aclamação uma mudança na lei para permitir a reeleição da presidência da Casa. Apenas a bancada do PSol manifestou voto contrário à medida, e deve lançar um candidato próprio em protesto ao acordo pela reeleição de André do Prado. Dos 94 deputados da Alesp, 89 votaram nele na eleição passada.
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