Derrite rejeita apoio federal e diz que morte do delegado Ruy será investigada em SP

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Derrite recusa ajuda da PF e diz que execução do delegado Ruy será investigada só pelo governo de SP

Ajuda federal foi oferecida pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que ligou nesta terça-feira (16) para o governador Tarcísio de Freitas oferecendo apoio federal contra o crime organizado.

Derrite recusa ajuda da PF e diz que morte do delegado Ruy Ferraz será investigada em SP

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PL), agradeceu e recusou o apoio oferecido pelo Ministério da Justiça para ajudar esclarecer o assassinato do ex-delegado-geral de SP – Ruy Ferraz Fontes – e disse que as policiais estaduais estão mobilizadas para identificar e prender os assassinos envolvidos na execução.

A fala de Derrite foi na saída do velório do corpo do doutor Ruy, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), ao ser indagado sobre a ligação feita pelo ministro Ricardo Lewandowski ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, também ofereceu apoio.

“Agradecemos o apoio da Polícia Federal, mas no momento todo o aparato do estado aqui é 100% capaz de dar a pronta resposta necessária. Tanto é que, em pouquíssimas horas, o primeiro indivíduo [ligado ao crime] já foi identificado e qualificado. Nós vamos continuar realizando esse trabalho”, afirmou.

Também durante o velório, Derrite diz que já identificou um suspeito pela execução e vai pedir a prisão temporária dele.

“A Polícia Federal se colocou à disposição. Se eles tiverem alguma informação e quiserem colaborar, obviamente vai ser bem aceito. Nosso objetivo é prender os criminosos. Todos nós estamos desprovidos de eventual vaidade, porque nós somos policiais e polícia é um órgão de estado, não de governo. E eu confio 100% no trabalho da Polícia Civil do Estado de SP”, declarou.

O governador Tarcísio de Freitas determinou mobilização total da polícia, com a criação de uma força-tarefa para identificar os assassinos. A força-tarefa, segundo Tarcísio, envolverá o Deic e o DHPP, principalmente. Ambos os departamentos contam com policiais que têm muitos informantes no crime organizado e que podem ajudar a elucidar a execução de Ruy.

Formado em direito pela Faculdade de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, Ruy se tornou delegado depois e começou a investigar o PCC no início dos anos 2000. Quando esteva no Deic, participou das prisões de alguns dos chefes da facção, incluindo Marcola, por tráfico de drogas, formação de quadrilha e outros crimes relacionados ao grupo criminoso.

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