Após agradecer apenas Tarcísio pelo papel crucial na derrota do governo, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, se retratou por ter cometido um “lapso de memória” ao não mencionar outros governadores envolvidos na articulação para derrubar a MP do IOF. Em seu discurso no plenário, Sóstenes focalizou em defender Tarcísio contra o ataque do PT e esqueceu de incluir o governador do Paraná, Ratinho Jr., e o governador de Goiás, Caiado, que também contribuíram para o resultado favorável na votação.
A decisão da Câmara dos Deputados em derrubar a MP do governo implicará em um desafio financeiro adicional para o governo, que terá que buscar alternativas para cobrir um possível rombo de aproximadamente R$ 40 bilhões no próximo ano, conforme indicado por analistas. A ação dos parlamentares também reflete a importância das articulações políticas e da cooperação entre diferentes esferas do poder público.
Em entrevista ao Estúdio i, Sóstenes Cavalcante explicou que, devido ao foco em defender Tarcísio contra o ataque do líder do PT, Lindbergh Farias, acabou por deixar de citar outros governadores que contribuíram para o resultado positivo na votação da MP do IOF. O deputado ressaltou a importância da colaboração ampla entre presidentes de partidos e governadores, destacando a ascendência destes sobre os deputados federais em seus estados.
O líder do PL afirmou ter estabelecido contatos diretos com alguns governadores durante o processo de articulação política para derrubar a medida proposta pelo governo. Além de Tarcísio de Freitas, Sóstenes também buscou apoio de Ratinho Junior e também contou com a influência de Ciro Nogueira, do PP, para dialogar com o governador Ronaldo Caiado, de Goiás. Essa rede de colaboração e negociação foi fundamental para o resultado alcançado na votação da MP do IOF.
Ao reconhecer sua falha em não mencionar todos os envolvidos no processo de articulação política, Sóstenes Cavalcante reforçou a importância de valorizar o trabalho conjunto de líderes partidários e governadores, destacando a necessidade de reconhecer o esforço coletivo para alcançar os objetivos propostos. A atuação conjunta dos políticos envolvidos nesse processo foi essencial para o desfecho positivo na derrubada da MP do governo, demonstrando a importância da união em prol de interesses comuns.
