A Marinha do Brasil atualizou no início da tarde do último sábado (28) para nove o número de vítimas fatais após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que ligava o Maranhão ao Tocantins. Oito pessoas ainda estão desaparecidas. A vítima encontrada, de acordo com a Marinha, estava presa em um carro submerso nas águas do Rio Tocantins. As buscas pelas vítimas continuam com o auxílio de mergulhadores e barcos, em uma ação conjunta envolvendo equipes da Marinha, do Corpo de Bombeiros do Maranhão e do Tocantins.
A queda da ponte, que se localiza na BR-226 entre as cidades de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), ocorreu no último domingo (22) e foi provocada pelo cedimento do vão central da estrutura, de acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). A investigação sobre a causa do desabamento está em andamento. Vídeos postados por moradores denunciaram as más condições da ponte nos dias anteriores ao acidente.
O desabamento levou à queda de oito veículos no rio Tocantins e a estrutura construída na década de 1960 interliga as cidades de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO). Após a tragédia, surgiram preocupações com a presença de tanques contendo substâncias químicas no rio, como ácido sulfúrico e defensivos agrícolas. No entanto, segundo a supervisão de Emergência Ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), os tanques permaneceram intactos, minimizando o risco de contaminação ambiental.
Além das vítimas já encontradas, outros corpos foram localizados nos dias seguintes ao desabamento, como o de uma jovem de 25 anos, um homem de 36 anos encontrado com vida e dois corpos encontrados pelos mergulhadores. A operação de resgate das vítimas e dos veículos submersos é complexa e deve ser realizada com cuidado para evitar riscos adicionais ao ambiente. A orientação é para que as pessoas evitem contato com os materiais químicos encontrados nas proximidades do Rio Tocantins.
A interdição da ponte levou os motoristas a buscarem rotas alternativas para se locomover entre os estados do Maranhão e Tocantins. Enquanto as buscas continuam pelas vítimas desaparecidas e a investigação sobre as causas do desabamento prossegue, medidas de segurança e preservação ambiental estão em curso para minimizar os impactos da tragédia. A população deve manter-se informada e colaborar com as autoridades caso identifiquem qualquer material suspeito nas imediações do rio. O desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira representa não apenas uma tragédia humana, mas também um alerta sobre a importância da manutenção e fiscalização das infraestruturas viárias no país.