Desabamento do Ibovespa devido à candidatura de Flávio Bolsonaro

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O Ibovespa sofreu uma queda drástica de mais de 4% nesta sexta-feira (5), a maior desde fevereiro de 2021, em reação ao anúncio de Flávio Bolsonaro como candidato à presidência em 2026. O índice, que chegou a 165.035,97 pontos no dia, despencou para 157.369,36 pontos. Esta semana encerrou com uma queda acumulada de 1,07%, revertendo o cenário positivo anterior. Mesmo assim, no acumulado do ano, o Ibovespa ainda registra alta de 30,83%. O volume financeiro dessa sexta-feira chegou a R$44,3 bilhões, muito acima da média diária de R$24 bilhões no ano.
Com a confirmação da candidatura de Flávio Bolsonaro, os agentes econômicos começam a reconsiderar cenários, agora com maior incerteza política. O mercado tende a se tornar mais volátil, ajustando-se às expectativas do ciclo eleitoral. A notícia impactou negativamente a bolsa de valores, especialmente por esvaziar a expectativa de uma alternativa competitiva ao governo atual em 2026. A decisão também pode afetar a governabilidade futura e a capacidade de implementar um programa de ajuste fiscal pós-2026. Antes do desabamento, o Ibovespa alcançou sua máxima histórica intradia, impulsionado por expectativas de corte de juros nos EUA e redução da Selic no próximo ano.
No mercado financeiro, diversos setores sofreram reveses, com o setor bancário liderando as perdas. O BANCO DO BRASIL ON afundou 7,07%, BRADESCO PN caiu 5,97%, ITAÚ UNIBANCO PN recuou 4,62% e SANTANDER BRASIL UNIT cedeu 4,41%. PETROBRAS PN também teve queda de 3,54%, mesmo com alta do petróleo internacional. VALE ON recuou 2,36% e YDUQS ON desabou 10,84%. Por outro lado, WEG ON apresentou alta de 2,64%, assim como KLABIN UNIT e SUZANO ON, que avançaram 1,47% e 1,94%, respectivamente, devido ao dólar subindo para R$ 5,4346.

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