A renúncia da deputada Carla Zambelli (PL-SP), anunciada neste domingo, evitou a cassação e abriu espaço para o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), enfrentar o novo desafio de lidar com o processo que pode levar à perda do mandato do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), atualmente foragido nos Estados Unidos. Membros da oposição e do Centrão avaliavam que a cassação de Zambelli seria um precedente para o caso de Ramagem. Agora, a expectativa é se Motta conseguirá os votos necessários para levar o caso a plenário. Há rumores de que Motta busca uma saída honrosa para o deputado, assim como fez por Zambelli, conversando com lideranças do PL, familiares e advogados da ex-deputada. Até o momento, Ramagem não se pronunciou sobre possíveis contatos com a defesa de Motta. O líder do PDT na Câmara, Mario Heringer (MG), aponta que Motta enfrenta dificuldades em seu primeiro ano como presidente. O processo de cassação de Ramagem iniciou após sua condenação por participação em uma trama golpista, com o Supremo Tribunal Federal ordenando a perda do mandato de forma protocolar. Motta, no entanto, decidiu levar o caso ao plenário da Casa. No mesmo contexto, Motta anunciou que o pedido de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também será analisado, pois o deputado faltou a mais de um terço das sessões da Câmara, o que pode resultar em sua cassação.



