Os municípios do RJ estão enfrentando desafios em relação à gestão fiscal, de acordo com um levantamento realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O estudo aponta que a maioria das prefeituras do estado terminou 2024 abaixo da média nacional nesse quesito, o que reflete diretamente na qualidade dos investimentos e serviços oferecidos à população. Muitas cidades não estão conseguindo administrar adequadamente os recursos arrecadados, impactando o dia a dia dos moradores.
O Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) avalia a administração das contas públicas com base em critérios como autonomia, gastos com pessoal, investimentos e liquidez. De acordo com Jonathas Goulart, gerente de estudos econômicos da Firjan, o estado do Rio apresentou baixo desempenho, especialmente em investimentos fundamentais, como saneamento, saúde e infraestrutura. A falta de adequada aplicação dos recursos acaba prejudicando diretamente a qualidade de vida da população.
A pesquisa apontou que apenas cinco prefeituras conseguiram administrar bem os recursos em 2024: Niterói, Macaé, Angra dos Reis, Volta Redonda e São João da Barra. Por outro lado, municípios como Itaguaí, Rio Bonito e Seropédica enfrentam dificuldades para gerar receita própria e acabam comprometendo grande parte dos recursos com gastos de pessoal, o que impacta negativamente na realização de investimentos essenciais.
Em locais como Seropédica, na Baixada Fluminense, a falta de infraestrutura básica faz com que os moradores enfrentem problemas como ruas sem asfaltamento e acúmulo de lixo, especialmente durante períodos de chuva. Segundo relatos de residentes, a situação interfere diretamente na mobilidade urbana e na qualidade de vida, evidenciando a urgência de melhorias na gestão fiscal dos municípios.
A Prefeitura de Itaguaí destacou que está ajustando seus gastos conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal, enquanto a Prefeitura do Rio relatou um saldo positivo em caixa em relação ao ano anterior. Ainda não foram divulgadas informações sobre a situação financeira de Rio Bonito e Seropédica. Para que haja melhorias significativas na gestão fiscal, é essencial que os municípios busquem maneiras eficientes de otimizar os recursos disponíveis em prol do bem-estar da população.