Desamparada, mulher luta por cirurgia há mais de dois anos em Senador Canedo

Desamparada, mulher luta por cirurgia há mais de dois anos em Senador Canedo

Há mais de dois anos a dona de casa Jaqueline Freire de Souza, de 40 anos, luta para conseguir uma cirurgia para retirar o útero, em Senador Canedo. Ela foi diagnosticada com um nódulo no órgão após uma bateria de exames na rede particular de saúde, visto que não conseguiu realizar os procedimentos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do município. 

Luta por cirurgia

Mãe de dois filhos, sendo que o mais novo, de 8 anos, foi diagnosticado com  transtorno do espectro autista (TEA), ela conta que precisa da cirurgia para ajudar nas despesas com a casa, já que devido a dor, ela não consegue trabalhar.

Jaqueline diz que o companheiro é o principal provedor da casa, mas que a família também conta com o auxílio aluguel do governo e a ajuda financeira de parentes para arcar com as despesas mensais. Devido a dor corriqueira e o sentimento de incapacidade, a mulher também começou a ter de tomar remédios para combater a depressão, além dos medicamentos para conter a dor. 

“Eu preciso da cirurgia, estou à base de remédios e anticoncepcional porque a dor é imensa, mas para fazer a cirurgia na rede participar é mais de R$ 5 mil. Levei todos os exames para a secretaria de saúde, mas eles falam que eu não preciso e que tenho que esperar. Eles chegaram a perder meu exame”, contou emocionada.  

Professor de apoio 

A dona de casa conta ainda que também tenta há meses um professor de apoio para o filho, que está no 2º ano do ensino fundamental. Ele precisou repetir o ano, já que a professora não conseguia mantê-lo dentro da sala de aula.

“Tive que tirar ele da escola porque ele fica agitado na sala de aula. Esse ano ele está repetindo a mesma série, mas ainda não conseguimos o professor de apoio, foram que a escola está abandonada”, concluiu. 

O Jornal Diário do Estado procurou a SMS e a Secretaria Municipal de Educação (SME) para entender o motivo da cirurgia e do professor ainda não terem sido disponibilizados, mas não recebeu retorno até a publicação desta matéria.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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