Última atualização 28/02/2023 | 11:38
Há mais de dois anos a dona de casa Jaqueline Freire de Souza, de 40 anos, luta para conseguir uma cirurgia para retirar o útero, em Senador Canedo. Ela foi diagnosticada com um nódulo no órgão após uma bateria de exames na rede particular de saúde, visto que não conseguiu realizar os procedimentos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do município.
Luta por cirurgia
Mãe de dois filhos, sendo que o mais novo, de 8 anos, foi diagnosticado com transtorno do espectro autista (TEA), ela conta que precisa da cirurgia para ajudar nas despesas com a casa, já que devido a dor, ela não consegue trabalhar.
Jaqueline diz que o companheiro é o principal provedor da casa, mas que a família também conta com o auxílio aluguel do governo e a ajuda financeira de parentes para arcar com as despesas mensais. Devido a dor corriqueira e o sentimento de incapacidade, a mulher também começou a ter de tomar remédios para combater a depressão, além dos medicamentos para conter a dor.
“Eu preciso da cirurgia, estou à base de remédios e anticoncepcional porque a dor é imensa, mas para fazer a cirurgia na rede participar é mais de R$ 5 mil. Levei todos os exames para a secretaria de saúde, mas eles falam que eu não preciso e que tenho que esperar. Eles chegaram a perder meu exame”, contou emocionada.
Professor de apoio
A dona de casa conta ainda que também tenta há meses um professor de apoio para o filho, que está no 2º ano do ensino fundamental. Ele precisou repetir o ano, já que a professora não conseguia mantê-lo dentro da sala de aula.
“Tive que tirar ele da escola porque ele fica agitado na sala de aula. Esse ano ele está repetindo a mesma série, mas ainda não conseguimos o professor de apoio, foram que a escola está abandonada”, concluiu.
O Jornal Diário do Estado procurou a SMS e a Secretaria Municipal de Educação (SME) para entender o motivo da cirurgia e do professor ainda não terem sido disponibilizados, mas não recebeu retorno até a publicação desta matéria.