Desaparecidos, nova ferramenta da PRF, encontra duas pessoas em poucos dias

É considerado desaparecimento quando um familiar não dá notícias e não avisou para onde ia. Esse drama é sentido por cerca de 80 mil famílias brasileiras por ano, segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV). Para ajudar na busca dessas pessoas nas rodovias federais, um serviço lançado a menos de dez dias promete ajudar na luta contra o tempo.

Um dos grandes problemas quando se trata desse assunto é a máxima de esperar 24 ou até 72 horas para registrar o caso na Polícia Civil. O mito atrapalha o reencontro de adultos, crianças e adolescentes. Especialistas na área  garantem que quanto antes as autoridades forem comunicadas, melhor.

“No ano passado foram 63 mil pessoas desaparecidas de acordo com Polícia Rodoviária Federal (PRF). Com a ferramenta “desaparecidos.prf.gov.br” já tivemos dois casos de encontrados. Devemos estimular as pessoas a notificar o desaparecimento logo quando notado. Esse serviço permite registrar o fato pelo celular fazendo com que postos, policiais e viaturas da PRF interligados em todo o País sejam informados pelo sistema interno”, afirma o inspetor Newton Morais.

Ele destaca que o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Civil (PC)  é muito importante por uma questão de atribuição constitucional apesar de atuarem de forma colaborativa. Enquanto a PC deve investigar esse tipo de caso, a PRF cuida do patrulhamento ostensivo das rodovias. O perfil diferenciado e recursos presentes em todas as estradas que cortam o Brasil são estratégicos para colaborar no resgate de desaparecidos.

Com o desaparecidos.prf.gov.br”, a informação chega de forma instantânea para policiais plantonistas num raio de 500 quilômetros de distância e para os demais nos 77 mil quilômetros de rodovias sob a supervisão da instituição. No caso dos jovens encontrados, uma moça do Mato Grosso do Sul , de 18 anos, com transtornos psicológicos, foi encontrada em Rio Verde após algumas horas de sumiço em um ônibus que iria para o Maranhão.

No domingo (27), um universitário de 22 anos morador de Senador Canedo recebeu o apoio de plantonistas da PRF que o acharam em no Mato Grosso do Sul quase 15 horas depois do início das buscas. O rapaz, que é filho de um vereador do município, estava desorientado e não sabia dizer qual o destino da viagem.

O serviço Sinal Desaparecidos funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana pelo site e pelo telefone 191. Basta preencher um formulário com informações pessoais de quem está procurando o desaparecido e de quem sumiu, além de narrar brevemente o ocorrido. Outros dois sistemas de alarmes chamadas Sinal e Sinal Agro, respectivamente, comunicam aos policiais rodoviários de plantão as ocorrências de furto ou roubo de veículos e de animais ou maquinários agrícolas.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp