Desaprovação do Mercado ao Governo Lula: 90% Avaliam Negativamente; 41% Aprovam Haddad

Quaest: 90% do mercado avaliam mal governo Lula; 41% aprovam Haddad

Mercado desaprova condução da economia e considera que governo está preocupado com popularidade, e não com o arcabouço fiscal

Pesquisa Genial Quaest, divulgada nesta quarta-feira (4/12), apurou que 90% do mercado financeiro têm uma avaliação negativa do governo DE [https://www.metropoles.com/tag/governo-lula]. Outros 7% consideram a administração federal regular e 3%, positiva.

Por outro lado, segundo a pesquisa, o trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é bem avaliado. Ele tem 24% de negativo, 35% de regular e 41% de positivo. Ainda assim, o índice de aprovação está em queda na comparação com a última avaliação, em março deste ano. O ministro chegou a ter 65% de positivo em julho de 2023.

O patamar de avaliação do governo pelo mercado financeiro é o mesmo do levantamento realizado em março de 2023, mas demonstra uma piora constante após bater, em julho de 2023, os 44% de negativo. Na última divulgação de março deste ano, 64% consideravam o governo negativo. De lá para cá, houve uma piora considerável.

O resultado aparece em um cenário de questionamentos do mercado financeiro à condução da economia pelo governo federal e disparada do dólar [https://www.metropoles.com/tag/dolar]. Um dos motivos do mau humor é o pacote de gastos apresentado pelo governo para economizar R$ 70,5 bilhões em dois anos [https://www.metropoles.com/brasil/corte-de-gastos-entenda-o-pacote-fiscal-de-haddad-ponto-a-ponto]. As medidas são consideradas insuficientes por integrantes do mercado.

A condução da política econômica pelo governo é avaliada como 96% errada pelo mercado. Diante disto, a perspectiva da economia para os próximos 12 meses é de piora para 88%. Há 10% que acreditam que vai ficar do mesmo jeito, e só 2% acreditam em uma melhora.

PIB

O crescimento médio [https://www.metropoles.com/brasil/economia-br/brasil-tem-o-4o-melhor-pib-no-trimestre-entre-paises-do-g20] de 3,3% do Produto Interno Bruno (PIB [https://www.metropoles.com/tag/pib]) é atribuído pelos respondentes da pesquisa a: ações promovidas pelo Governo Lula (42%), ações promovidas pelo governo Bolsonaro (30%), uma retomada natural da economia depois de crise da Covid (22%) e uma maior confiança dos agentes da economia (6%).

O levantamento foi realizado da última sexta-feira (29/11) até essa terça-feira (3/12). Foram realizadas 105 entrevistas com fundos de investimentos com sede nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. As entrevistas foram aplicadas on-line a gestores, economistas, analistas e tomadores de decisões do mercado financeiro.

GASTOS PÚBLICOS

O tema equilíbrio fiscal é reconhecido como uma preocupação do governo apenas por 29% do mercado, ante 71% que não veem empenho da gestão federal para lidar com a questão. Com isto, ninguém (0%) dá “muita credibilidade” ao arcabouço fiscal. As demais opiniões se dividem entre pouca credibilidade (42%) e nenhuma credibilidade (58%).

Pelo arcabouço fiscal, a meta de 2024 é de déficit zero. No entanto, há uma margem de segurança que permite déficit de até R$ 28,7 bilhões. O governo acredita fechar no negativo, mas com R$ 27,7 bilhões, ou seja, dentro do limite do arcabouço. O objetivo é que haja uma trajetória de equilíbrio e que, em 2028, seja alcançado superávit de R$ 150 bilhões.

O mercado financeiro também avaliou as medidas propostas no pacote de ajuste fiscal do governo federal. Há 99% que entendem que o fim da “morte ficta” – que é quando um militar morre, mas a família recebe pensão – podem ajudar a economia.

A maioria dos pontos assinalados pela Fazenda são bem vistos, mas a ampliação da isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil [https://www.metropoles.com/brasil/isencao-de-ir-para-salario-de-ate-r-5-mil-como-e-e-como-vai-ficar] por mês tem avaliação oposta. Só 15% veem que isto pode ajudar e outros 85% entendem que a medida não contribui para a economia do país.

O conjunto de medidas é pouco satisfatório para 42%, e nada satisfatório para 58%. Não houve quem respondesse que as medidas são “muito satisfatórias”. A perspectiva para os juros é de alta, sendo que 78% preveem que a taxa Selic fique acima dos 13% ao final do ciclo de elevação. O valor atual é de 11,25% ao ano.

O QUE O MERCADO PENSA SOBRE A POLÍTICA

O mercado financeiro considera que o governo está preocupado principalmente com a popularidade de Lula (86%). Temas como taxa de juros, relação com Congresso [https://www.metropoles.com/tag/congresso-nacional] e alta do dólar, relação com o Judiciário, desemprego e controle fiscal aparecem na sequência, em ordem decrescente de importância.

Sobre eleições, 70% acreditam que Lula será candidato à reeleição em 2026. Em março deste ano, 86% tinham esta ideia. Só 66% consideram que Lula seria favorito na disputa e, caso Lula não tente a reeleição, Haddad “deve ser o candidato da esquerda” para 82%. Os outros nomes são: Geraldo Alckmin (10%), Guilherme Boulos (6%) e Ciro Gomes (2%).

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Round 6: Segunda temporada amplia conflitos e humaniza os vilões em jogos sádicos

Round 6: segunda temporada amplia conflitos e humaniza os vilões

Com diversos recordes batidos, Round 6 volta para a segunda temporada com o
humor ácido e com os jogos sádicos da primeira

A espera acabou! A segunda temporada de Round 6 chegou ao catálogo da Netflix. Dirigida e escrita por Hwang Dong-hyuk, a produção chega credenciada pelos números como um dos grandes lançamentos do streaming para o ano.

Na nova leva de episódios, o protagonista Gi-Hun, ou jogador 456, (Lee Jung-jae) desiste de viajar aos Estados Unidos e volta à Seul, na Coréia do Sul, para descobrir quem está por trás dos jogos e acabar com o sádico esquema dos ricos. Entretanto, algo sai errado e ele se vê tendo que encarar as disputas novamente.

Lee Jung-jae volta à trama, mas agora com um comportamento bastante diferente. Se na primeira temporada ele estava assustado e com medo por conta dos jogos, agora ele volta mais confiante para as disputas. Lee foi forçado a alterar a personalidade de Gi-Hun, que surge como “herói”, e alterna entre os lados fortes e frágeis do protagonista.

Como muitos personagens morreram, o diretor Hwang Dong-hyuk optou por explorar personagens que ficaram vivos, como Gong Yoo, o recrutador; o policial Jun-ho, que leva um tiro nos capítulos finais; e o líder (front man), “responsável pelos jogos”.

Apesar aparecerem pouco na primeira temporada, o trio assume protagonismo e surgem em momentos-chave para a produção. O Líder, por exemplo, é responsável por manipular o jogo e dá aquele ar de “indignação”. Tom Choi, responsável pela interpretação, passa um ar muito confiante, assustador e que, em certos momentos, acalma com a voz mansa.

Além das já conhecidas figuras, muitas outras surgem, e é evidente que o diretor e roteirista optou por colocar pessoas mais jovens e com personalidades bastante diferentes. E é interessante ver cada uma performando “em seu mundo” e como colaboram para o todo. Tem o rapper “famoso”, a menina popular, o queridinho da mamãe, os maus-caracteres, entre outros e traz um ar de comédia em muitos momentos.

JOGOS SÁDICOS E CONFLITOS

As mortes e a plasticidade, que são a alma de Round 6, entretanto, continuam presentes e até seguem um roteiro semelhante à primeira temporada. O primeiro jogo, por exemplo, conta com a mesma sequência: o Batatinha Frita 1, 2, 3 começa, a primeira pessoa morre e o caos toma conta, com diversos tiros sendo disparados.

É here que Lee Jung-jae passa de um simples jogador à herói da produção e é visto com outros olhos pelos demais participantes. Ele se junta a novos personagens para ganhar os jogos e conta, assim como na temporada 1, com um conhecido.

Se você é fã da série, vai lembrar que na primeira temporada há uma votação que encerra com o jogo, mas volta posteriormente por conta da vontade dos participantes. Agora, essa votação acontece após as dinâmicas, como algo obrigatório, e eleva, ainda mais, os conflitos.

Essa é uma proposta muito clara do diretor de fazer um paralelo à nossa sociedade. Como a polarização política acontece no mundo todo, e no Brasil não foi diferente, Hwang buscou o alcance de Round 6 para fazer uma crítica social.

De acordo com ele, os discursos de ódio estão cada vez mais acalorados e são motivados por diversos assuntos, como por questões religiosas, ideológicas, históricas, raciais ou de gênero, entre muitas outras. Por conta da votação, os participantes são divididos em duas equipes, X e O, e isso gera muita confusão no lobby.

Uma grande diferença desta temporada é que a série buscou humanizar os atiradores e aqueles que estão do lado do sádico evento. A nova leva de episódios mostra o rosto dos assassinos e como os conflitos morais alcançam, também, as pessoas que participam da organização. Uma sniper, inclusive, é bastante mostrada e atua como uma coadjuvante na produção.

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