Desarticulação de quadrilha de furto de cabos impacta moradores do Rio de Janeiro: JUSTIÇA bloqueia R$200 milhões.

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O furto de cabos de energia elétrica e fibra ótica tem se tornado um crime cada vez mais recorrente, impactando diretamente a vida dos moradores do Rio de Janeiro. Além de deixar casas, hospitais e escolas no escuro, a ação criminosa também interfere na conexão das pessoas e das empresas, afetando até mesmo o trânsito da cidade ao apagar os sinais luminosos. Nesta quinta-feira, uma operação da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), com o apoio da Polícia Civil do Paraná, desarticulou uma quadrilha composta por técnicos que se infiltravam em galerias subterrâneas para furtar fios de cobre, contando com o auxílio de batedores armados do Comando Vermelho.

Os criminosos se utilizavam de uniformes, crachás e ordens de serviço falsificados de empresas do ramo de energia elétrica e telecomunicações para dar legitimidade às suas ações ilícitas. Além disso, apresentavam alvarás também falsificados para acessar as subestações subterrâneas. A especialização técnica dos envolvidos garantia a eficácia dos furtos, prevenindo acidentes como choques elétricos e danos aos materiais retirados. Cada um dos criminosos recebia, em média, cerca de R$ 200 por furto, mostrando a lucratividade e organização por trás do esquema criminoso.

Na operação denominada Caminho do Cobre II, sete pessoas foram presas, sendo duas em flagrante. Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 200 milhões em contas bancárias e bens dos suspeitos, bem como o cumprimento de 46 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e em São Paulo. Os agentes da polícia buscaram em diversos endereços ligados à quadrilha, além de sete ferros-velhos e metalúrgicas, desvendando a conexão entre grandes empresários do ramo de reciclagem e ferros-velhos com o Comando Vermelho.

As investigações revelaram um esquema sofisticado de furto e lavagem de dinheiro, onde os cabos furtados das subestações e redes subterrâneas eram lavados através de transações bancárias fracionadas, aquisição de veículos de luxo, emissão de notas fiscais falsas e simulação de contratos com empresas legítimas. A quadrilha era dividida em três núcleos: comando, intermediário e operacional, englobando desde o planejamento dos furtos até a comercialização do material furtado e a lavagem do dinheiro proveniente das atividades criminosas.

A atuação conjunta da polícia do Rio de Janeiro e Paraná resultou na desarticulação de uma sofisticada quadrilha responsável pelo furto de cabos, com impactos diretos na população carioca. A recuperação e a punição dos envolvidos são passos importantes no combate à criminalidade e na garantia da segurança e qualidade de vida dos cidadãos. Ações contínuas de enfrentamento ao mercado ilegal de cabos furtados e de lavagem de dinheiro são fundamentais para desmantelar essas organizações criminosas e proteger o patrimônio público e a infraestrutura das cidades. A sociedade como um todo se beneficia com a repressão efetiva desses crimes que impactam diretamente o cotidiano e a segurança de todos.

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