Vistorias recentes na Lagoa da Tijuca identificaram o descarte irregular de cerca de 50 sofás e poltronas, revelando um problema constante de poluição nesse importante ecossistema. O biólogo e ambientalista Mario Moscatelli conduziu uma inspeção minuciosa na região, onde foi possível observar esses resíduos sólidos flutuando na água. Apesar das telas de proteção instaladas para conter o lixo, muitos objetos provenientes dos rios da área acabam se espalhando ao longo da lagoa, representando um sério desafio ambiental.

De acordo com Moscatelli, a presença de uma crosta preta na superfície da lagoa indica que o esgoto é despejado ali há pelo menos 40 anos, agravando ainda mais a situação de poluição. Para lidar com esse cenário preocupante, a Iguá Saneamento, responsável pela despoluição do complexo lagunar da Barra e Jacarepaguá, tem desenvolvido ações de limpeza na região. Através do uso de dragas e balsas especiais, a concessionária tem removido sedimentos acumulados e filtrado os resíduos para garantir uma destinação adequada.

Desde o início do projeto em abril de 2024, mais de 5.300 balsas carregadas de sedimentos foram retiradas da Lagoa da Tijuca, uma quantidade equivalente a quase 200 piscinas olímpicas. A meta da Iguá Saneamento é chegar a mil balsas retiradas, visando recuperar a saúde desse importante ecossistema. Além de reduzir a poluição, as ações de dragagem têm como objetivo restabelecer a troca de água com o mar e minimizar os riscos de inundações na região.

A importância dessas medidas de preservação ambiental fica evidente diante do sério problema de descarte irregular de lixo na Lagoa da Tijuca. A atuação conjunta entre órgãos públicos, concessionárias e a sociedade civil é essencial para garantir a sustentabilidade desse ecossistema e a preservação de seus recursos naturais. A conscientização sobre a correta destinação de resíduos sólidos e a implementação de ações preventivas são fundamentais para garantir a qualidade de vida das futuras gerações e a saúde do meio ambiente.

As imagens de sofás e poltronas flutuando nas águas da Lagoa da Tijuca servem como alerta para a urgência de medidas efetivas de limpeza e preservação desse importante patrimônio natural. A comunidade local, juntamente com as autoridades competentes, deve unir esforços para combater a poluição e garantir a recuperação desse ecossistema único. A conscientização sobre a importância da preservação ambiental e a responsabilidade de cada cidadão na manutenção da limpeza e conservação dos recursos naturais são passos essenciais para a construção de um futuro mais sustentável e saudável para todos.