Durante uma inspeção em um pavilhão da penitenciária, agentes flagraram um detento com manuscritos contendo comandos da cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC). Investigando em conjunto com a Polícia Civil de São Paulo, o Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) descobriu que o PCC planejava ataques a agentes públicos, a quem chamavam de “tiranos”, como parte de uma resposta violenta a supostas opressões no sistema prisional. A revelação veio após a apreensão de manuscritos em uma cela da Penitenciária de Presidente Venceslau.
Durante a abordagem ao detento, o homem tentou engolir parte dos documentos, mas os agentes conseguiram recuperar boa parte do material. Os manuscritos analisados posteriormente revelaram um plano coordenado para “dar baixa” em três agentes públicos específicos, como represália contra o que o PCC chamava de “regime tirano e ditador”. A expressão “dar baixa” era usada como eufemismo para assassinatos planejados.
As investigações também apontaram que a ONG Pacto Social e Carcerário estava envolvida no plano, sendo usada como fachada para organizar manifestações públicas e legitimar acusações contra o sistema prisional. Além disso, a ONG teria auxiliado na disseminação de informações falsas e na organização de protestos, incluindo ações para atrair a atenção da mídia e de organizações de direitos humanos.
A descoberta dos manuscritos foi crucial para a deflagração da operação Scream Fake, realizada pelo Gaeco e pela Polícia Civil. Doze pessoas foram presas, incluindo líderes da ONG e advogados ligados ao PCC. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em várias cidades paulistas e no Paraná.
Essa série de eventos revela a complexidade das relações entre grupos criminosos e organizações que operam sob a fachada de entidades sociais. A atuação conjunta do Gaeco e da Polícia Civil foi fundamental para desmantelar esse plano orquestrado pelo PCC. A sociedade precisa estar atenta aos desdobramentos dessas investigações e apoiar as autoridades na garantia da segurança pública. Acesse a coluna do De para mais informações sobre esse caso e outros temas relacionados ao combate ao crime organizado.