Descoberta macabra: Filhos teriam escondido corpo de idoso por até dois anos. Caso choca Ilha do Governador.

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O caso que chocou a comunidade da Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, envolvendo a descoberta do corpo do idoso Dario D’Ottavio, de 88 anos, dentro de sua própria casa em avançado estado de decomposição, segue em investigação. De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML), o corpo teria ficado nessa condição por um período entre seis meses e dois anos, sem que houvesse lesões traumáticas que indicassem a causa da morte.

Os filhos de Dario, Marcelo Marchese D’Otávio e Tania Conceição Marchese D’Otávio, foram presos em flagrante pelos crimes de ocultação de cadáver, resistência e lesão corporal. A vizinhança da família já estava há cerca de três anos sem notícias do idoso, mas foi o comportamento perturbador de Marcelo, que afirmava ter matado o pai, que chamou a atenção dos moradores e das autoridades.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Felipe Santoro, há fortes indícios de que os filhos teriam escondido o corpo do pai para continuar recebendo seus rendimentos e benefícios. Dario era descrito como uma pessoa educada e prestativa pelos vizinhos, o que contrasta com a situação macabra em que seu corpo foi encontrado.

As investigações apontam que Marcelo teria isolado o cômodo onde o corpo do pai estava com rolos de papel higiênico, evitando assim que o odor da decomposição chamasse a atenção dos vizinhos. Além disso, Tania, que era professora em uma escola pública da região, estava afastada por problemas de saúde, conforme relatos aos investigadores.

Os depoimentos prestados à polícia relatam que, após o desaparecimento de Dario, Marcelo mudou radicalmente seu comportamento, tornando-se agressivo e fazendo ameaças aos vizinhos. Ele chegou a afirmar que havia jogado o corpo do pai no lixo e tentava impedir que as autoridades entrassem na casa.

A descoberta do corpo só foi possível após o mandado de busca concedido pela delegacia da Ilha do Governador. Atualmente, os filhos de Dario estão sob custódia das autoridades, com Marcelo internado em um hospital psiquiátrico e Tania na Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). Os detalhes perturbadores desse caso continuam gerando repercussão e gerando questionamentos sobre as circunstâncias que levaram a essa trágica situação.

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