Descubra 12 Personalidades de Feira de Santana que Brilharam no Mundo

Conheça 12 personalidades que levaram o nome de Feira de Santana pelo mundo

A segunda maior cidade do estado tem o maior entroncamento rodoviário do norte e nordeste e detém uma economia pujante, mas a fama da Princesa do Sertão chega ainda mais longe porque é, também, um celeiro de personalidades importantes em diversas áreas.

No primeiro dia de atividades, o DE Feira de Santana e região reúne 12 nomes de ilustres feirenses, de diferentes áreas, que ajudaram a difundir o nome da “Princesa do Sertão” pelo mundo e a fortalecer a identidade de pertencimento dos moradores do município. Confira a lista, por ordem alfabética:

⚽ Anderson Talisca

1 de 10 Anderson Talisca começou nas categorias de base do Esporte Clube Bahia —
Foto: Felipe Oliveira/Divulgação/EC Bahia

Anderson Talisca começou nas categorias de base do Esporte Clube Bahia — Foto:
Felipe Oliveira/Divulgação/EC Bahia

O jogador de futebol Anderson Souza Conceição, conhecido como Anderson Talisca, cresceu nos bairros periféricos da Rua Nova e Aviário. Ingressou nas categorias de base do Esporte Clube Bahia ainda na adolescência e, em 2013, aos 18 anos, estreou profissionalmente na mesma equipe.

O sucesso no Brasil o levou ao futebol europeu, e ele se destacou no time português Benfica. A atuação internacional rendeu a Talisca a convocação para a Seleção Brasileira em 2018. Atualmente, ele é atacante do Al-Nassr, da Arábia Saudita.

🎵 Carlos Pitta

2 de 10 Aderbal Duarte (com violão) e o cantor Carlos Pitta — Foto: Divulgação /
Rita Basttos Produções

Aderbal Duarte (com violão) e o cantor Carlos Pitta — Foto: Divulgação / Rita Basttos Produções

Com mais de quatro décadas de carreira, o cantor e compositor Carlos Pitta é uma referência na Música Popular Brasileira (MPB), com destaque para ritmos regionais, como forró e xote. Ele já se apresentou em países como Estados Unidos, Suíça, Alemanha, Itália, Bélgica.

Pitta lançou mais de 15 discos e tem canções gravadas por Elba Ramalho, Alcione, Margareth Menezes, Trio Nordestino, Armandinho, Dodô e Osmar, Cheiro de Amor, Paulinho Boca de Cantor, Banda de Boca, entre outros.

Também dividiu palco com Caetano Veloso, Dominguinhos, Geraldo Azevedo, Belchior, Nando Cordel, Fagner e Ivete Sangalo, que foi “descoberta” por ele enquanto cantava em um barzinho da capital baiana, conforme relato da própria cantora.

🙏 Divaldo Franco

3 de 10 Líder espírita Divaldo Franco é referência mundial na doutrina — Foto:
Assessoria de Comunicação

Líder espírita Divaldo Franco é referência mundial na doutrina — Foto: Assessoria de Comunicação

O médium e líder espírita Divaldo Franco, umas das maiores referências mundiais da doutrina, é o caçula do casal Francisco Pereira Franco e Anna Alves Franco, que engravidou aos 44 anos. As experiências com a mediunidade começaram ainda na infância, motivo pelo qual teve problemas com os irmãos mais velhos e o próprio, pai que o recriminavam por achar que se trata de algo “demoníaco”.

Há mais de 70 anos, em parceria com o falecido amigo Nilson de Souza Pereira, fundou a Mansão do Caminho, onde presta um trabalho de assistência social a milhares de pessoas carentes de Salvador. Divaldo já recebeu honrarias nacionais e internacionais e acumula mais de 20 mil conferências e seminários em 71 países, nos cinco continentes. Apelidado de “Semeador de Estrelas” ele psicografou, pelo espírito de Joanna de Ângellis, dezenas de obras.

Aos 97 anos, ele enfrenta um câncer de bexiga recém-descoberto e está em tratamento.

🎭 Hilton Cobra

4 de 10 Baiano Hilton Cobra fez parte do elenco de Fuzuê, novela da Rede Globo — Foto: Estevam Avellar/Globo

Baiano Hilton Cobra fez parte do elenco de Fuzuê, novela da Rede Globo — Foto: Estevam Avellar/Globo

José Hilton Santos Almeida, 68 anos, ou Hilton Cobra, como é conhecido, é ator de teatro. Ele morou na cidade onde nasceu – especificamente na Rua Cristóvão Barreto, no bairro Serraria Brasil – até os 18 anos. Depois, foi transferido pela construtora onde trabalhava para Salvador, onde morou por uma década

Foi na capital baiana que a história de Hilton com o teatro deu os primeiros passos, em 1975, quando conheceu pessoas da área. Três anos depois, entrou para o grupo de teatro “Carrancas”, da Universidade Federal da Bahia (Ufba), e nunca mais parou. Atualmente, ele vive no Rio de Janeiro.

Hilton tem passagens pela televisão e pelo cinema. Recentemente, interpretou o personagem Cata Ouro, na novela “Fuzuê”, da Rede Globo e no cinema também participou do filme “Medida Provisória”, dirigido por Lázaro Ramos. Ainda no teatro, está há sete anos em cartaz com o espetáculo monólogo “Traga minha cabeça”, de Lima Barreto.

Ao longo da carreira, Hilton dirigiu o Centro Cultural José Bonifácio, voltado para a valorização da cultura afro-brasileira (1993-2001), fundou a “Companhia dos Comuns”, companhia de teatro somente com atores e atrizes negros e foi presidente da Fundação Cultural Palmares.

Irving São Paulo

5 de 10 Irving São Paulo como Zé Luiz em Mulheres de Areia — Foto: TV Globo

Irving São Paulo como Zé Luiz em Mulheres de Areia — Foto: TV Globo

Irving São Paulo nasceu em 26 de outubro de 1964, em Feira de Santana, onde começou a atuar em peças de teatro. Após ganhar notoriedade nos palcos, ele foi chamado para a televisão, e participou de grandes novelas brasileiras, como “Bebê a bordo”, “Mulheres de Areia”, “A Viagem” e “Torre de Babel”.

O ator era filho de Olney São Paulo, cineasta e escritor, nascido em Riachão do Jacuípe, cidade a 78 quilômetros de Feira. Irving faleceu aos 41 anos de idade, vítima de pancreatite necro-hemorrágica. A morte precoce do talento baiano gerou forte comoção no país nos anos 90.

⚽ Junior Baiano

6 de 10 Junior Baiano foi ídolo do Flamengo durante nove anos — Foto: Guilherme Fernandes/Divulgação

Junior Baiano foi ídolo do Flamengo durante nove anos — Foto: Guilherme Fernandes/Divulgação

Raimundo Ferreira Ramos Júnior, de 54 anos, ou apenas Júnior Baiano, deixou o futebol em 2009, quando atuou pelo Miami FC. Antes de aposentar as chuteiras, fez história no esporte brasileiro.

Foi ídolo do Flamengo durante nove anos, onde se consagrou maior zagueiro artilheiro da história do clube. Também passou por times como São Paulo, Vasco e Palmeiras, onde foi campeão da Libertadores em 1999.

O ex-atleta fez parte do elenco de equipes internacionais e atuou em 25 jogos da Seleção Brasileira, incluindo a Copa das Confederações de 1997, quando a equipe foi campeã, e a Copa do Mundo de 1998, na França, quando o Brasil foi vice-campeão.

🎨 Juraci Dórea Falcão

Juraci Dórea é o grande nome das artes plásticas feirense. É escultor, pintor, desenhista, fotógrafo e poeta, graduado em arquitetura pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Na década de 80, iniciou o Projeto Terra, voltado à criação de grandes esculturas de couro e madeira, além de murais do sertão. Muitas dessas peças estão espalhadas por Feira de Santana, como um painel na estação rodoviária e o Monumento Caminhos de Feira, no cruzamento entre as avenidas Senhor dos Passos e Getúlio Vargas.

A arte de Juraci ultrapassou as fronteiras e chegou a países como Veneza e Havana. Aos 80 anos, continua em atividade. Somente em 2024, fez três exposições em São Paulo, uma em Curitiba e duas na Itália.

🎤 Luiz Caldas

7 de 10 Luiz Caldas é autor de grandes hits do axé, como Tieta, Haja Amor, Fricote, Magia — Foto: AndréFofano

Luiz Caldas é autor de grandes hits do axé, como Tieta, Haja Amor, Fricote, Magia — Foto: AndréFofano

Saiu do icônico bairro do Tomba o feirense que é símbolo fundamental da história da cultura baiana e se tornou o “pai” do Axé Music: Luiz César Pereira Caldas, ou apenas Luiz Caldas.

Ainda pequeno, observava o irmão Durval Ângelo nas aulas de música e se tornou autodidata. Também tirava “de ouvido” as canções que escutava no rádio popular.

Autor de grandes hits do axé, como Tieta, Haja Amor, Fricote, Magia, e muitas outras, Luiz tem 61 anos e lança um disco por mês na internet, de ritmos diversos, como forró e samba. Ele morou em outras cidades baianas, em São Paulo e no Rio de Janeiro, antes de voltar a residir na Bahia, em Salvador.

⚔️ Maria Quitéria

8 de 10 Maria Quitéria cortou o cabelo e lutou na independência do Brasil — Foto: DOMENICO FAILUTTI_ACERVO DO MUSEU PAULISTA DA USP/BBC

Maria Quitéria cortou o cabelo e lutou na independência do Brasil — Foto: DOMENICO FAILUTTI_ACERVO DO MUSEU PAULISTA DA USP/BBC

Maria Quitéria é uma das figuras femininas mais transgressoras da história do país e se tornou conhecida por participar da guerra pela Independência do Brasil na Bahia, em uma época em que somente homens faziam parte das Forças Armadas.

Para integrar o Exército Brasileiro na luta contra as tropas portuguesas, precisou se tornar ‘Soldado Medeiros’ e, disfarçada de homem, atuou nos combates. Mesmo descoberta depois de um tempo, continuou nas batalhas por ter atuação valente e eficaz.

Renegada pela família por causa da coragem de ir à guerra disfarçada de homem, recebeu várias honrarias e foi reconhecida pelo então imperador Dom Pedro I. Ela morreu na capital baiana em 1853, aos 61 anos, vítima de doenças hepáticas.

Em Feira de Santana, o memorial no Casarão Olhos D’Água conta a história da heroína, que dá nome também a uma das principais avenidas da cidade. Além disso, o distrito onde a feirense nasceu foi batizado com o nome dela.

Maria Quitéria de Jesus (1792-1853) é a padroeira do Quadro Complementar de Oficiais, que reúne as atividades de apoio ao Exército Brasileiro, e tem o nome inscrito no livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, que está guardado no Panteão da Liberdade e Democracia, em Brasília, e registra nomes de brasileiros e brasileiras que trabalharam pela construção e defesa do País.

🎵 Rachel Reis

9 de 10 Rachel Reis foi indicada ao Grammy Latino em 2023 — Foto: Rafaela Paixão/g1

Rachel Reis foi indicada ao Grammy Latino em 2023 — Foto: Rafaela Paixão/g1

Aos 27 anos, Rachel Reis desponta como um dos grandes nomes da nova geração musical brasileira. Criada no bairro Parque Ipê, ela começou a relação com a música ainda dentro de casa, com a mãe Maura Reis e a irmã Sarah Reis, que também são cantoras.

A “sereiona”, como é chamada pelos fãs, teve a música “Maresia” incluída na trilha sonora da novela Fuzuê, da Rede Globo. Quase que simultaneamente, gerou a canção “Caju” para a série “Cangaço Novo”. Em 2023, foi indicada ao Grammy Latino com o álbum de estreia Meu Esquema (2022) na categoria Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa.

🎵 Russo Passapusso

10 de 10 Russo Passapusso nasceu em Feira e criado em Senhor do Bonfim, no norte do estado — Foto: Max Haack

Russo Passapusso nasceu em Feira e criado em Senhor do Bonfim, no norte do estado — Foto: Max Haack

“Não passa disso, não me engana, sou sulamericano de Feira de Santana”. É desse modo que Roosevelt Ribeiro de Carvalho, ou Russo Passapusso, se apresenta em uma das canções da banda Baiana System, que atrai multidões no carnaval de Salvador, em festivais de música e shows em todo o país.

Nascido em Feira, criado em Senhor do Bonfim, no norte do estado, Russo afirma que as raízes sertanejas estão presentes no trabalho multifacetado que encanta milhares de pessoas e faz o “Navio Pirata”, trio elétrico do grupo, navegar em um mar de gente.

Russo é compositor, cantor, pesquisador e escritor. Na lista de artistas com quem já gravou, estão grandes nomes nacionais e internacionais como Gilberto Gil, Elza Soares, Margareth Menezes e Mano Chao.

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‘Golpe do PIX’: Justiça decreta prisão de operadores de desvio de doações em telejornal

Golpe do PIX’: Justiça determina prisão preventiva de réus acusados de desviar doações em telejornal

Carlos Eduardo e Thais Pacheco são suspeitos de atuar como operadores do esquema. De acordo com denúncia do MP-BA, os jornalistas Marcelo Castro e Jamerson Oliveira seriam líderes do grupo criminoso.

Dois suspeitos de participação no “Golpe do PIX”, como foi apelidado o esquema de desvios de doações feitas a pessoas em situação de vulnerabilidade através do telejornal “Balanço Geral”, tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça nesta quarta-feira (18). A decisão foi assinada pelo juiz de Direito, Cidval Santos Sousa Filho, da Vara dos Feitos Relativos a Delitos de Organização Criminosa de Salvador.

Os alvos são Carlos Eduardo do Sacramento Marques Santiago de Jesus e Thais Pacheco da Costa, acusados de atuarem como operadores no esquema. De acordo com o Ministério Público da Bahia (MP-BA), o apresentador Marcelo Castro e o editor-chefe Jamerson Oliveira eram os líderes do grupo — eles não tiveram a prisão decretada.

A decisão judicial aponta que o mandado de prisão contra Carlos Eduardo e Thais foi motivado por entender que “a fuga do distrito da culpa é fundamento válido à segregação cautelar”.

Ao todo, 12 pessoas foram denunciadas pelo MP-BA por crimes como associação criminosa, apropriação indébita e lavagem de dinheiro. O grupo teria se apropriado de R$ 407.143,78, o equivalente a 75% dos R$ 543.089,66 doados pela audiência do programa. Do total desviado:

– R$ 146.231,07 teriam ficado com Castro
– R$ 145.728,85 teriam ficado com Jamerson

Os jornalistas Marcelo Castro e Jamerson Oliveira seriam líderes do grupo, conforme denúncia do MP. Eles e o suspeito Lucas Costa Santos estariam envolvidos em todos os casos de desvios.

Como repórter, Castro entrevistava as vítimas, narrando os dramas e pedindo doações. Nesses momentos, ele informava o número de uma chave PIX, que aparecia na tela para que as pessoas fizessem suas contribuições. O MP-BA aponta que ele fazia isso mesmo sabendo que as contas indicadas não pertenciam aos entrevistados, e sim a terceiros.

Jamerson, então editor-chefe do programa, era responsável pela transmissão. Na função, ele autorizava a inserção e a exibição da chave PIX destinada ao recebimento das doações, também ciente de que pertencia a um dos integrantes do grupo criminoso.

Já Lucas seria um dos operadores, identificando casos para serem exibidos na televisão. Ele também foi o responsável por cooptar os outros participantes do esquema e obteve com eles as contas bancárias para receberem os valores doados pelos telespectadores. Todos os envolvidos no esquema tinham algum tipo de relação familiar com Lucas, exceto Jamerson e Castro. O operador é filho de Rute, companheiro de Thais, primo de Alessandra, Débora, Daniele e Gerson. Esse último é filho de Eneida e companheiro de Débora. Juntas, essas 12 pessoas teriam se apropriado indevidamente da maior parte das doações, e destinado aos donatários “uma ínfima quantia” dentre o total arrecadado. Em seguida, eles teriam dividido entre si valores proporcionais à atuação e liderança dentro do grupo.

A denúncia foi oferecida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) do MP-BA à 9ª Vara Criminal da Comarca de Salvador no dia 9 de agosto. Os suspeitos são acusados de apropriação indébita, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Para o juiz titular da 9ª Vara, Eduardo Afonso Maia Caricchio, trata-se não apenas de uma associação, como o MP-BA sugeriu, mas sim de uma organização criminosa, pois a estrutura complexa do grupo inclui hierarquização. De acordo com o magistrado, o grupo se articulava de forma muito ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas. Por isso, o juiz remeteu os autos à Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa da capital baiana no dia 12 de agosto. No dia 30 daquele mês, o juiz da Vara dos Feitos Relativos a Delitos de Organização Criminosa de Salvador, Cidval Santos Sousa Filho, aceitou a denúncia, tornando os 12 acusados réus no processo.

A investigação apontou para 12 pessoas como membros da organização criminosa. São elas:

– Alessandra Silva Oliveira de Jesus, 21 anos
– Carlos Eduardo do Sacramento Marques Santiago de Jesus, 29 anos – alvo de mandado de prisão preventiva em 18 de dezembro de 2024
– Daniele Cristina da Silva Monteiro, 27 anos
– Débora Cristina da Silva, 27 anos
– Eneida Sena Couto, 58 anos
– Gerson Santos Santana Junior, 34 anos
– Jakson da Silva de Jesus, 21 anos
– Jamerson Birindiba Oliveira, 29 anos
– Lucas Costa Santos, 26 anos
– Marcelo Valter Amorim Matos Lyrio Castro, 36 anos
– Rute Cruz da Costa, 51 anos
– Thais Pacheco da Costa, 27 anos – alvo de mandado de prisão preventiva em 18 de dezembro de 2024

Os jornalistas Marcelo Castro e Jamerson Oliveira seriam líderes do grupo, conforme denúncia do MP. Eles e o suspeito Lucas Costa Santos estariam envolvidos em todos os casos de desvios.

Como repórter, Castro entrevistava as vítimas, narrando os dramas e pedindo doações. Nesses momentos, ele informava o número de uma chave PIX, que aparecia na tela para que as pessoas fizessem suas contribuições. O MP-BA aponta que ele fazia isso mesmo sabendo que as contas indicadas não pertenciam aos entrevistados, e sim a terceiros.

Jamerson, então editor-chefe do programa, era responsável pela transmissão. Na função, ele autorizava a inserção e a exibição da chave PIX destinada ao recebimento das doações, também ciente de que pertencia a um dos integrantes do grupo criminoso.

Já Lucas seria um dos operadores, identificando casos para serem exibidos na televisão. Ele também foi o responsável por cooptar os outros participantes do esquema e obteve com eles as contas bancárias para receberem os valores doados pelos telespectadores. Todos os envolvidos no esquema tinham algum tipo de relação familiar com Lucas, exceto Jamerson e Castro. O operador é filho de Rute, companheiro de Thais, primo de Alessandra, Débora, Daniele e Gerson. Esse último é filho de Eneida e companheiro de Débora. Juntas, essas 12 pessoas teriam se apropriado indevidamente da maior parte das doações, e destinado aos donatários “uma ínfima quantia” dentre o total arrecadado. Em seguida, eles teriam dividido entre si valores proporcionais à atuação e liderança dentro do grupo.

A denúncia foi oferecida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) do MP-BA à 9ª Vara Criminal da Comarca de Salvador no dia 9 de agosto. Os suspeitos são acusados de apropriação indébita, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Para o juiz titular da 9ª Vara, Eduardo Afonso Maia Caricchio, trata-se não apenas de uma associação, como o MP-BA sugeriu, mas sim de uma organização criminosa, pois a estrutura complexa do grupo inclui hierarquização. De acordo com o magistrado, o grupo se articulava de forma muito ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas.

abras, que representam a defesa dos suspeitos, destacaram que a denúncia ainda não chegou à Justiça. Eles ressaltaram que as provas colhidas na fase inquisitorial devem passar por diversos princípios processuais e constitucionais penais e constitucionais para serem válidas. A defesa mantém a afirmação da inocência dos acusados.

Os advogados dos outros suspeitos não foram encontrados para comentar o caso.

Este foi um resumo do desdobramento do caso “Golpe do PIX” envolvendo o desvio de doações em um telejornal na Bahia. Fique atento para mais informações sobre o desenrolar do processo e as decisões judiciais. Acompanhe as notícias do estado no DE Bahia.

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