Descubra a história do famoso Lanche Bauru e Zé do Skinão

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Lanche bauru e Zé do Skinão: saiba como o sanduíche patrimônio imaterial ficou
famoso na cidade

O famoso lanche foi uma receita criada pelo bauruense Casimiro Pinto Neto em São
Paulo, no Ponto Chic, mas foi um amigo do criador, José Francisco Júnior, mais
conhecido como Zé do Skinão, que tornou o ‘bauru’ conhecido na cidade do
interior paulista.

De Bauru para a gastronomia nacional: ‘Zé do Skinão’ eternizou o sanduíche bauru

O bauruense José Francisco Júnior, mais conhecido como “Zé do Skinão”, faria 100
anos em 2025. Ele entrou para história da gastronomia de Bauru
(SP) depois que começou a
preparar na cidade um lanche, que leva o mesmo nome do município, mas que havia
sido criado em São Paulo.

Na década de 70, Zé experimentou o lanche bauru no Ponto Chic, local onde o
quitute que é atualmente é patrimônio imaterial do estado de São Paulo e também
municipal de Bauru (SP), foi criado pelo também bauruense, e amigo de Zé,
Casimiro Pinto Neto, décadas antes.

Zé do Skinão foi responsável por tornar o lanche bauru famoso na cidade que deu
nome ao sanduíche — Foto: Arquivo pessoal

Certo dia, lá pelos anos de 1936, Casimiro resolveu pedir para o atendente da
lanchonete que frequentava em São Paulo um sanduíche que não estava no cardápio.

A combinação de ingredientes fez tanto sucesso que o lanche ganhou até nome:
bauru, apelido de Casimiro entre os colegas da faculdade de Direito. (Veja
abaixo a receita original).

Empreendedor nato, Zé do Skinão decidiu trazer a receita original para o
restaurante que tinha no centro da cidade, como lembra o filho. No começo ele
oferecia o lanche de graça.

Lanche bauru é patrimônio da cidade e também do estado de SP — Foto: TV
TEM/ Reprodução

Marco ficou um período à frente do negócio criado pelo pai. Hoje o
estabelecimento funciona com novos donos, e ainda tem o “bauru” como o prato
mais vendido. O sucesso do lanche rendeu, além do título de patrimônio cultural
imaterial, com direito a monumento no terminal rodoviário da cidade.

A tradição do lanche continua preservada na Praça da Paz, em Bauru. O local fica
bem na entrada da cidade, ao lado da famosa Avenida Nações Unidas. É um ponto de
encontro dos moradores para lazer e alimentação e em um dos trailers trabalham o
Júlio César e o Bruno, que são filho e neto do Zé do Skinão e nele é fácil
encontrar o legítimo bauru.

Filho e o neto de seu Zé continuam a tradição de vender o lanche original —
Foto: TV TEM/ Reprodução

“Ele pegou o rosbife, o tomate, o picles e o queijo e começou a fazer. Então, o
cara chegava pra comer, ele falava: ‘você quer experimentar o Bauru? Mas que
Bauru? Bauru é presunto, queijo e tomate. Não, Bauru é esse aqui’. Cortava o
lanche e dava pra pessoa experimentar de graça”, conta Marco Antônio Sanches
Francisco.

Confira a receita registrada oficialmente como patrimônio:

Ingredientes
– 70 gramas de rosbife;
– 100 gramas de queijo (proporções iguais de estepe, prato, gouda e suíço) derretidos em banho-maria;
– 3 rodelas de pepino em conserva;
– 1 pão francês.

Modo de preparo
– Corte um pão francês ao meio no sentido horizontal;
– Retire o miolo da parte superior;
– Coloque de cinco a seis fatias de rosbife;
– Coloque três rodelas finas de tomate em cima do rosbife;
– Coloque três rodelas finas de pepino em conserva em cima do tomate;
– Em uma forma ou frigideira, aqueça um pouco de água (300 mililitros) sem deixar ferver;
– Coloque para derreter na água 10 gramas de manteiga;
– Após derreter a manteiga, misture em proporções iguais de cada tipo de queijo e deixe derreter até formar uma pasta homogênea;
– Na parte superior do pão (canoa), coloque o queijo derretido;
– A parte superior do pão é colocada sobre a parte que já está preparada;
– Corte ao meio em diagonal e pode saborear o verdadeiro Bauru em sua forma original.

Para o neto do seu Zé, que tem o contato com a receita original desde pequeno, é um orgulho e também uma grande responsabilidade manter esse legado e tradição.

“Eu faço com muito amor e isso aí é um orgulho pelo meu avô, que deve tá olhando por nós lá de cima. É o legado que ele pediu pra gente nunca deixar morrer. A gente faz com todo amor e carinho”, finaliza Bruno Paredes Francisco.

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