O arco-íris duplo é um fenômeno natural que encanta e desperta a atenção de quem tem a sorte de presenciá-lo. O astrônomo e professor Rodrigo Raffa explica que essa maravilha da natureza ocorre quando a luz é refletida duas vezes dentro da gota de água antes de sair, resultando na formação de dois arcos coloridos no céu. No último sábado, o céu de Itapetininga, no interior de São Paulo, foi presenteado com a aparição de um arco-íris duplo logo após uma chuva, proporcionando um espetáculo magnífico para os moradores.
A formação do arco-íris comum já é um processo fascinante, pois envolve a interação da luz solar com as gotículas de água suspensas na atmosfera. Após a chuva, a luz solar sofre reflexão dentro das gotículas antes de se separar em cores visíveis, criando o arco-íris tradicional que conhecemos. No entanto, no caso do arco-íris duplo, a luz é refletida duas vezes, o que resulta em um segundo arco mais fraco e menos intenso que o arco principal.
Segundo Rodrigo Raffa, o arco-íris é, na verdade, um círculo completo, mas nós só conseguimos ver metade dele devido à nossa posição em relação ao horizonte. Se estivermos em um ponto elevado, é possível visualizar o círculo completo do arco-íris. A formação dessas maravilhas da natureza envolve fenômenos ópticos como refração, dispersão e reflexão da luz solar nas gotículas de água, criando um espetáculo multicolorido no céu.
O arco-íris no céu é visível quando o observador está de costas para o sol, já que o fenômeno ocorre quando a luz é refletida em um ângulo específico de 42 graus. As diferentes cores que compõem o arco-íris se formam devido ao processo de dispersão da luz branca do sol dentro das gotículas de água, onde cada cor tem um ângulo de desvio distinto. O vermelho, sendo menos desviado, aparece no topo do arco, enquanto o violeta, mais desviado, fica na base do fenômeno.
O arco-íris duplo, apesar de não ser tão raro quanto se imagina, continua sendo um espetáculo encantador e digno de apreciação. Os moradores de Itapetininga foram presenteados com essa maravilha natural que, mesmo sendo resultado de processos ópticos complexos, nos remete à beleza e grandiosidade da natureza. A reflexão interna da luz nas gotículas de água e a formação dos dois arcos no céu são um lembrete da incrível e fascinante dinâmica que rege os fenômenos naturais do nosso planeta.