Descubra a verdade sobre Roberto Carlos e a ditadura militar no Brasil

Entenda por que Roberto Carlos é acusado de apoiar a ditadura militar

Com a presença de Roberto Carlos na trilha sonora de Ainda Estou Aqui, fãs discutiram nas redes sociais sobre as ações do cantor na ditadura. Após a estreia do filme, estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, as redes sociais fervilharam com debates sobre o período da ditadura militar no Brasil. Entre os temas mais discutidos, destaca-se a postura de grandes artistas da música brasileira durante o regime.

Nomes como Rita Lee e Caetano Veloso são frequentemente lembrados por seus confrontos diretos com os militares. No entanto, quem também vem ganhando destaque nessas discussões é Erasmo Carlos e seu grande parceiro Roberto Carlos, que estão na trilha sonora do longa.

Enquanto Erasmo tem sido citado pelo comportamento transgressor e combativo em relação ao período, Roberto tem sido acusado nas redes de, supostamente, ter apoiado a ditadura e até mesmo ter delatado colegas — o que, segundo o autor Jotabê Medeiros, autor da biografia Roberto Carlos: Por Isso Essa Voz Tamanha, não foi bem assim.

Jotabê lembra que Roberto Carlos foi condecorado, em 1976, pela ditadura no governo de Ernesto Geisel. Entretanto, o autor ressalta que era comum na época que os militares promovessem festivais com artistas e se aproximarem de figuras que estavam muito na mídia.

Para ele, a cautela de Roberto naquele momento acabou gerando, ao longo do tempo, interpretações de que o cantor teria alinhamento ou conivência com a ditadura. Roberto também visitou Caetano Veloso, enquanto o mesmo estava exilado, fato revelado pelo próprio Caetano anos depois.

Roberto Carlos voltou inspirado para compor a delicada “Debaixo dos Caracóis dos seus Cabelos”, uma homenagem velada a Caetano Veloso no exílio. No mesmo disco, ele também gravou “Como Dois e Dois”, composta especialmente para ele por Caetano. Jotabê também destacou que a música mais marcante de Ainda Estou Aqui, “É Preciso Dar Um Jeito, Meu Amigo”, na voz de Erasmo Carlos, foi composta por ele em parceria com Roberto Carlos.

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Viúva e filhas entram em disputa judicial por herança de Silvio Santos

Disputa Judicial por Herança de Silvio Santos: Milhões em Jogo

A viúva de Silvio Santos, Iris Abravanel, e suas filhas estão lutando na Justiça de São Paulo contra a cobrança do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação sobre bens no exterior. Elas alegam que a maior parte da fortuna, estimada em R$ 429,9 milhões, está em contas internacionais e não deve ser tributada pelo Brasil.

Os Abravanel estão sendo taxados em quase R$ 18 milhões pelo imposto. No entanto, o valor significativo está em uma instituição nas Bahamas e nos Estados Unidos, onde os herdeiros argumentam que não deve incidir imposto.

O juiz já negou um pedido de sigilo no processo, o que gerou reações do procurador do estado Paulo Gonçalves da Costa Júnior, que se mostrou surpreso com a quantidade de bens fora do Brasil e questionou o motivo da fortuna está depositada em contas bancárias de paraísos fiscais.

“Senor Abravanel era pessoa notoriamente conhecida cujo patrimônio e atividades econômicas conhecidas situavam-se no Brasil, causando surpresa e estranheza que a maior parte de sua herança seja atribuída a determinada participação societária em ‘entidade’ sediada no paraíso fiscal das Bahamas, cuja existência era até então desconhecida do público”, pontuou o magistrado.

O processo foi aberto no dia 13 de dezembro e a família espera uma audiência de conciliação, que está sendo organizada. Além dos acrescentados, a herança inclui ações do Grupo Silvio Santos no Brasil, com uma disputa sobre o valor do ITCMD.

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