Descubra o que é arsênio, substância mortal que envenenou família do bolo no RS

O que é arsênio, substância que envenenou família do bolo do RS

Análises preliminares detectaram a presença de arsênio nas amostras de sangue
dos familiares que passaram mal após comer bolo em Torres

Análises iniciais, divulgadas nesta sexta-feira (27/12), indicaram a presença de
arsênio no sangue de uma das vítimas fatais e de dois sobreviventes que consumiram o bolo durante uma confraternização familiar em Torres, no litoral norte do Rio Grande do Sul. A substância, altamente tóxica, é capaz de causar sérios danos à saúde, podendo levar à morte.

Amostras de sangue da mulher que preparou o bolo, do sobrinho-neto dela de 10 anos, e de Neuza Denize Silva dos Anjos, uma das vítimas fatais, foram analisadas. A tia e o sobrinho permanecem hospitalizados, mas estão “clinicamente estáveis”, conforme boletim médico.

Além de Neuza, outras duas pessoas faleceram poucas horas após o consumo do bolo. Tatiana Denize Silva dos Santos e Maida Berenice Flores da Silva sofreram parada cardiorrespiratória. A causa da morte de Neuza foi identificada como “choque pós-intoxicação alimentar”.

O arsênio é um metal encontrado naturalmente em fontes subterrâneas de água e em vários alimentos, como peixes, mariscos, carne, frango e cereais. Dependendo da quantidade, ele se torna tóxico. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a exposição prolongada a esse elemento pode causar sérios danos à saúde, incluindo câncer, doenças cardíacas, diabetes, problemas no desenvolvimento e danos ao sistema nervoso.

Os sintomas da contaminação por arsênio incluem vômitos, dores abdominais e diarreia. A exposição prolongada resulta em mudanças na pigmentação da pele, lesões cutâneas e, em casos mais graves, câncer de pele. A OMS considera o arsênio um dos 10 químicos de grande preocupação para a saúde pública e recomenda que a exposição ao metal seja prevenida. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!

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“Rainha do Pó”: PF busca traficante há mais de 10 anos, mandado revogado pelo STJ em 2021″

Quem é a “Rainha do Pó”, na mira da PF há mais de 10 anos

Karine Campos está foragida desde 2021 e teve mandado de prisão revogado após decisão do Superior Tribunal de Justiça

Apontada como a maior exportadora de cocaína por meio do Porto de Santos, Karine Campos foi apelidada por investigadores de “Rainha do Pó” e acumula uma série de investigações e processos.

A traficante teve um mandado de prisão contra si revogado pela Justiça Federal de Santos por ordem do ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça.

O ministro anulou, e a quinta turma do STJ referendou, uma ação de busca de busca apreensão realizada na operação Alba Vírus, que mirou o grupo criminoso liderado por Karine Campos.

De acordo com o ministro, a busca realizada em uma imobiliária em Balneário Camboriú (SC) foi irregular. Além de anular os efeitos da busca e proibir o uso do material coletado, o ministro mandou cancelar o mandado de prisão até o fim do processo.

Ela está foragida desde 2021, quando o STJ a colocou em prisão domiciliar por causa dos dois filhos menores que, segundo a decisão, necessitavam da presença da mãe. Karine Campos, no entanto, está na mira da Justiça e de operações policiais há mais de 10 anos.

A primeira vez que apareceu como alvo de uma investigação foi em 2011. Ela foi alvo da operação Maia, da Polícia Civil da Bahia. No mesmo estado, em 2014, a Rainha do Pó apareceu como uma das investigadas na operação Twister, da Polícia Federal.

Em 2019, a PF novamente mirou a traficante na operação Alba Branca, cujo mandado de prisão foi revogado pelo STJ. Na investigação, ela apareceu como líder da organização criminosa responsável pela exportação de mais de 6 toneladas de cocaína pelo porto de Santos para países da Europa.

Os investigadores conseguiram mapear à época que o grupo liderado por Karine Campos arrecadou quase R$ 1 bilhão com o tráfico internacional por via marítima. A atuação do grupo, segundo a decisão que ordenou a prisão da traficante, rendeu casas, fazenda, joias e veículos de luxo para a Rainha do Pó. Foram apreendidos nas buscas realizadas pela PF R$ 1,7 milhão em joias e o registro de uma fazenda comprada por R$ 12 milhões. “Importa destacar que, pelas informações obtidas, os contêineres contaminados com a cocaína não eram embarcados somente pelo porto de Santos (SP), mas também por Navegantes (SC), Paranaguá (PR) e possivelmente outros, inclusive no Nordeste. Desse modo, é possível concluir que a organização criminosa possuía galpões em mais de um Estado da Federação”, diz a sentença que condenou a traficante.

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