Descubra Olhos D’Água em Goiás: vilarejo atravessado pelo Tratado de Tordesilhas

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Conheça vilarejo em Goiás atravessado pela linha do Tratado de Tordesilhas, famoso por belezas naturais e artesanato

A cidade convida o visitante para um ‘turismo experimental’, segundo Mariana de Bulhões, diretora do Memorial Olhos D’Água. Uma das belezas naturais é a Cachoeira do Ouro.

Conheça vilarejo em Goiás atravessado pela linha do Tratado de Tordesilhas

Olhos D’Água, distrito de Alexânia, a 120 km de Goiânia, chama atenção por uma curiosidade geográfica: a cidade é atravessada pela linha imaginária do Tratado de Tordesilhas, que, em 1494, dividiu o mundo entre Portugal e Espanha. Ao DE, a diretora do Memorial Olhos D’Água, Mariana de Bulhões, contou que na cidade o visitante é convidado a um “turismo experimental”.

A citação da linha do Tratado de Tordesilhas foi feita em um livro do historiador Paulo Bertran Título: História de terra e do homem no Planalto Central. O recado também está escrito na parede do Bar Museu, em frente à Praça Santo Antônio.

> “Quando a gente brinca com os meninos de pular corda na praça, a gente fala meio que entra em Portugal e sai pela Espanha,” contou Mariana.

A história de Mariana se mistura com a história de Goiás. Carioca, ela veio para Goiás em 1993 e se encantou com Olhos D’Água. Já estando aqui, ela descobriu que é uma descendente de Leopoldo de Bulhões, intelectual e político goiano do século XIX. Ao DE, Mariana contou sobre a história de Olhos D’Água.

Olhos D’Água é famoso pela arquitetura barroca com casas coloridas, coloniais e rústicas.

Segundo Mariana, as pessoas podem visitar os ateliês e as casas dos artesãos por meio de um mapa, além de conhecer os trabalhos de cestarias. Ela contou que a cidade tem o turismo olho no olho, da prosa, de desacelerar. Quem está mais acostumado a um ritmo frenético escolhe visitar Pirenópolis, brincou Mariana.

> “Só vem aqui e gosta quem está disposto a estacionar o carro, desligar o motor, ouvir o barulho dos teares, ir visitar o trabalho de cerâmica e esperar para comer porque a comida é feita no fogão a lenha,” brincou ela.

CACHOEIRA DO OURO

A estudante Yasmin Shacha, de 27 anos, é de Anápolis, na Região Metropolitana de Goiânia e foi a primeira vez em Olhos D’Água em julho deste ano. Ao DE, ela contou que gosta de viajar para cidades turísticas justamente pelas histórias, pela cultura e pelas pessoas diferentes que ela conhece em cada lugar.

Yasmin conheceu a igreja, o artesanato local, como as cestarias e um pouco da culinária regional. “A comida feita no fogão a lenha é de tirar o fôlego, com aquele sabor que lembra casa de vó,” contou Yasmin.

A estudante se hospedou em uma pousada com o mesmo nome da cachoeira, ela disse que a experiência superou as expectativas e pretende voltar para o lugar nas próximas férias. “A poucos metros da pousada tem uma cachoeira e um rio praticamente só para mim, cercados pela natureza… uma verdadeira riqueza de Deus,” disse.

A empresária Taís de Sousa, de 32 anos, esteve em Olhos D´Água várias vezes durante a vida. Ao DE, ela contou que a cachoeira é linda e segura para crianças e idosos. “Tenho uma filha de 6 anos e minha mãe tem 64 anos. As duas amaram. Achei um lugar bem aconchegante,” disse.

Taís disse que o diferencial do lugar é a comida, ela visitou a pousada com a família e gostou de tudo. “Para mim, o diferencial é a comida. Muito gostosa mesmo. Bem caseira. Raiz,” informou.

FEIRA DO TROCA

A brasiliense Bárbara Lins Lima, de 39 anos, visita Olhos D´Água desde os 3 anos. Os pais a levavam para a Feira do Troca. Segundo ela, ninguém conhecia direito o lugar, era uma parte muito nichada, uma “experiência cultural”.

A Feira do Troca acontece duas vezes por ano, junho e dezembro. A feira marcou a infância de Bárbara e ela esperava todo ano pelo evento. Depois que ela ficou mais velha começou a ir sozinha e visitar as cachoeiras, a parte de artesanato e a vila principal.

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