Conheça os benefícios da estimulação transcraniana por corrente contínua (tDCS)
Clínica de Salvador oferece o tratamento para pacientes com depressão e ansiedade
1 de 1 Suzana Lyra — Foto: Renato Santana Santos
Suzana Lyra — Foto: Renato Santana Santos
Fone de ouvido para curar dor de amor? É possível! Cientistas criaram um tipo de fone de ouvido que pode aliviar o sentimento de tristeza, negatividade e depressão associadas ao fim de um relacionamento, a “Síndrome do Trauma Amoroso”. O estudo, publicado na revista científica Journal of Psychiatric Research, em junho deste ano, usa como técnica a estimulação transcraniana por corrente contínua (tDCS).
“Técnicas de neuromodulação tem se popularizado no tratamento de transtornos mentais, sobretudo aquelas não invasivas, a exemplo da tDCS”, pontou Suzana Lyra (CRP03/9748), neuropsicóloga, Diretora e Responsável Técnica do Instituto Baiano de Neurodesenvolvimento Suzana Lyra (IBN).
Especialista em transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), transtorno de espectro autista (TEA) e esquecimentos, Suzana Lyra explica o que é e em quais tratamentos a tDCS é indicada. Confira:
O que é estimulação transcraniana por corrente contínua (tDCS)?
A Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua, conhecida pela sigla tDCS, é uma técnica de neuromodulação que altera o funcionamento de determinadas regiões do cérebro, na busca do alívio de sintomas dos transtornos mentais. Além de não-invasiva, é bastante segura e eficaz. Há inclusive estudos que apontam o uso da técnica em pessoas saudáveis, com significativos resultados no que tange à melhoria no aprendizado e na produtividade.
Como funciona o tratamento?
Acontece da seguinte forma: uma corrente elétrica contínua de baixa intensidade, de 1 a 3 mA, é aplicada ao córtex cerebral. Uma vez em contato com o cérebro do paciente, essa corrente irá estimular o sistema nervoso e as sinapses cerebrais, com objetivo de estimular ou coibir a transmissão de informações. Cada sessão dura entre 20 e 30 minutos e é o profissional de saúde que vai indicar, com base no problema que o paciente apresenta, a durabilidade do tratamento.
Esse tratamento pode ser utilizado para diferentes transtornos neuropsiquiátricos como depressão, ansiedade, Parkinson, déficit de atenção, motor (no caso de AVC)?
Já existem linhas de tratamentos com tDCS para doenças com origem neurológica, distúrbios cognitivos e motores, podendo ser congênitos ou condições adquiridas. Aliada à fisioterapia, atua no tratamento de afasia, epilepsia e dores crônicas, a exemplo de enxaqueca e fibromialgia. Além disso, existem diversas pesquisas sobre a eficácia da tDCS em tratamentos de distúrbios de ordem emocional ou psicossomática, a exemplo de mal de Parkinson, autismo, falta de memória, transtornos depressivos e de ansiedade, doença de Alzheimer.
Existem efeitos colaterais ou contraindicações?
Antes de prescrever o tratamento, o profissional especializado deve conferir o histórico do paciente, mas em linhas gerais, não existem contraindicações severas quanto ao uso dessa terapia, porém não é recomendado uso da tDCS em gestantes, pacientes com marcapasso ou desfibrilador cardíaco, ou ainda com válvulas intracranianas. Ao menos, esses pacientes devem ser vistos com mais cuidado. Sobre os efeitos colaterais, pode acontecer sintomas adversos leves a exemplo de vermelhidão na pele e coceira (por conta do eletrodo), formigamento, dores de cabeça transitórias, náusea e tontura.
O IBN (Instituto Baiano de Neurodesenvolvimento Suzana Lyra) vem trabalhando com esta técnica com pacientes que possuem quadros neuropsiquiátricos com ansiedade, depressão, com sequelas de AVC, Parkinson, apresentando melhora substancial no tratamento das outras especialidades que ele são acompanhados, e, sobretudo, obtendo melhor qualidade de vida.
Responsável Técnica: Dra Suzana Lyra (CRP03/9748), Neuropsicóloga.