Desde 2019, clube de tiros em Goiânia vendeu mais de três mil armas de fogo

armas de fogo Goiânia

No Brasil, entre 2017 e 2020, o número de registros de armas de fogo aumentou de 637,9 mil para 1,2 milhão, de acordo com o Sistema Nacional de Armas (Sinarm). Nos últimos anos, esse tipo de comércio vem crescendo com o aumento de vendas, inclusive no cenário estadual. É o que atesta Leder Pinheiro, proprietário de um clube de tiro em Goiânia.

O comércio de armas em Goiânia

Leder Pinheiro
Leder Pinheiro (Foto: Arquivo pessoal)

Leder Pinheiro, de 35 anos, é instrutor de armamento e tiro, credenciado pela Polícia Federal (PF), armeiro, proprietário do Clube de Tiro Leder Pinheiro e também de uma loja de armas. O proprietário ressalta que, em sua loja, já houve venda de mais de 3 mil armas de fogo. Em junho, ocorreu uma feira de armas em Goiânia, com venda de 760 armas de fogo em três dias.

“Essa crescente no aumento de armas de fogo vem desde 2017, com o governo Temer. No governo Lula e Dilma, também haviam registros e a demanda vinha crescente desde lá. É claro que, com o governo Bolsonaro, tomou mais publicidade. Muitas pessoas que pensavam que era proibido, descobriram que não era”, descreve.

A sua loja recebeu autorização do Exército em novembro de 2019. “É uma loja devidamente registrada no Exército Brasileiro, o clube de tiro também, com alvará de funcionamento da Prefeitura de Goiânia”, explica ao DE.

“Lá são feitos testes de capacidade técnica tanto para o Exército Brasileiro quanto para a Polícia Federal. É uma loja platinum, com a melhor classificação pela CBC e Taurus, a maior fabricante de munição do mundo e a maior fabricante de armas leves do mundo, respectivamente. Ambas são indústrias nacionais”, completa.

Segundo ele, conseguir registro para porte de armas não é uma tarefa simples. A pessoa não pode responder processo nem inquérito policial, precisa ter um endereço fixo e comprovação de ocupação, passar por avaliação psicológica com instrutor credenciado pela PF e completar avaliação de tiro com prova escrita e prática.

O processo, então, é protocolado junto à PF para emitir o registro. Além disso, o portador de uma arma de fogo precisa se atentar às normas de segurança. Controle de cano, dedo fora do gatilho e arma sempre em direção segura estão entre elas. Apesar da dificuldade, é um comércio que vem ganhando grandes proporções.

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Bilhete de ônibus na capital paulista sobe para R$ 5 em janeiro

A prefeitura de São Paulo fechou em R$ 5,00 a tarifa básica dos ônibus da capital. O valor, que teve 13,6% de reajuste, passará a ser cobrado no dia 6 de janeiro.

O preço atualizado do bilhete seguirá para a Câmara Municipal dos Vereadores, conforme estabelece a legislação. Em nota, a prefeitura lembrou que todas as gratuidades existentes continuam mantidas, assim como a integração do passageiro em até quatro ônibus dentro de um período de três horas.

A gestão municipal já havia antecipado nesta quinta-feira, 26, mais cedo, que o preço da passagem deveria ficar entre R$ 5,00 e R$ 5,20. A definição ocorreu após reunião de representantes da prefeitura e da São Paulo Transporte (SPTrans).

Em conferência pública que reuniu membros do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT), transmitida pela internet, durante a manhã, a superintendente de Receita e Remuneração da SPTrans, Andréa Compri, afirmou que o aumento se justifica porque os valores praticados atualmente equivalem aos de 2019. Destacou ainda, em sua apresentação, junto a outros registros do sistema de transporte, que o custo para mantê-lo este ano foi de aproximadamente R$ 1 bilhão.

Entre os argumentos usados pela SPTrans para convencer sobre a necessidade do reajuste, está a parcela de usuários beneficiados pela gratuidade. De 2019 a 2024, os pagantes equivalem sempre a, pelo menos, metade dos passageiros. Este ano, foram 50%, enquanto os passageiros que têm gratuidade formavam uma parcela de 28% e os de transferências ônibus-ônibus, sem acréscimo tarifário, respondiam por 22%.

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