Desembargador determina retirada de arco-íris da Rua 99 em Goiânia

A faixa com as cores do arco-íris pintada em frente à Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Políticas Afirmativas (SMDHPA), na Rua 99, no Setor Sul, em Goiânia, terá que ser retirada em até 24h. Foi o que decidiu o desembargador Delintro Belo de Almeida Filho nesta terça-feira (25/5).

A faixa foi pintada durante ação contra a LGBTFobia no último dia 17 de maio. Desde então, um advogado entrou com ação para a remoção da arte, alegando que a pintura fugia do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que estabelece coloração padrão para faixas de pedestres.

A Prefeitura de Goiânia, no entanto, reitera que o propósito da arte não foi de representar a sinalização no local, visto que logo abaixo dela teria uma faixa de pedestres regular. Ainda assim, o desembargador considerou que a pintura no local causa “risco de acidentes” em razão da “confusão” a que pode ser levado o pedestre na travessia da via.

Segundo a Prefeitura de Goiânia, será esperado o recebimento da decisão proferida para, então, a gestão municipal decidir se irá interpor com recurso ou acatar a determinação.

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Cobertura de nuvens da Terra diminui, intensificando o aquecimento global

Pesquisas da NASA revelam que a Terra vem recebendo mais energia solar do que é capaz de refletir de volta ao espaço, desequilíbrio que agrava o aquecimento global. Embora o fenômeno tenha sido associado principalmente às emissões de gases de efeito estufa, à redução do gelo polar e à diminuição de partículas na atmosfera que refletem a luz solar, cientistas acreditam que esses fatores não explicam completamente o problema.

Recentemente, o climatologista George Tselioudis, do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da NASA, identificou um fator adicional: a redução da cobertura de nuvens reflexivas ao redor do mundo. Nos últimos 10 anos, essas nuvens diminuíram de maneira perceptível, ainda que em um grau relativamente pequeno, permitindo a entrada de mais luz solar e intensificando o aquecimento global. Em entrevista à revista Science, Tselioudis destacou: “Estou confiante de que esta é a peça que faltava.”

A equipe analisou duas regiões principais de formação de nuvens na atmosfera terrestre: o cinturão equatorial, onde os ventos alísios convergem, e as latitudes médias, onde correntes de jato geram sistemas de tempestades. Dados iniciais, baseados em 35 anos de imagens de satélites meteorológicos diversos, apontaram que as nuvens equatoriais estão encolhendo e que as trilhas de tempestades em latitudes médias estão se deslocando em direção aos polos, reduzindo sua área de influência. Contudo, inconsistências entre os satélites limitaram a precisão das conclusões.

Para eliminar essas incertezas, o novo estudo utilizou exclusivamente dados do satélite Terra, que monitora o planeta há 25 anos. A análise confirmou uma redução na cobertura de nuvens de aproximadamente 1,5% por década. Cerca de 80% dessas mudanças decorrem do encolhimento das nuvens, em vez de alterações em sua capacidade de refletir a luz solar.

Agora, o desafio dos pesquisadores é compreender as causas desse encolhimento. Caso esteja relacionado às mudanças climáticas, o fenômeno pode representar um agravante significativo para o cenário ambiental global, acendendo um novo alerta na comunidade científica.

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