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Desembargador vota por condenação de Marconi Perillo a 8 anos de prisão

Foi iniciado na última terça-feira (27) pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás, o julgamento criminal que tem como réu Marconi Perillo. O ex-governo de Goiás é acusado de falsidade ideológica, fraude processual e associação criminosa na campanha eleitoral de 2006, quando foi eleito para o Senado.

Até agora, a relatoria votou pela condenação a 8 anos de prisão, entre outras penas, e três votos divergiram. O julgamento foi suspenso nesta quarta-feira (28), após pedido de vistas de um juíz.

Marconi foi condenado em outubro de 2020 pelo juiz eleitoral Wilson da Silva Dias, acusado de falsidade ideológica por uso da caixa 2 na campanha de 2006. A pena indicada de 1 ano e 8 meses foi revertida para prestação de serviços comunitários e pagamento de multa de R$ 18 mil. A defesa de Marconi e o MPE recorreram ao TRE. que agora analisa o caso.

Esquema criminoso

O Ministério Público Eleitoral acusa Perillo de ser mentor e principal beneficiário ”de um esquema de captação ilícita de recursos, utilização de notas fiscais frias, pagamento de despesas de campanha por meio de ‘laranjas’, e outras fraudes eleitorais”.

O desembargador relator Luiz Eduardo de Sousa rejeitou o recurso da defesa e enquadrou o tucano por crimes de fraude processual eleitoral, falsidade ideológica e formação de quadrilha, com pena de 8 anos de reclusão além de multa no valor de R$ 70 mil. Ele acolheu o parecer do procurador Célio Viera da Silva, do MPE.

Na terça-feira (27), o revisor do caso, Juiz Átila Naves Amarela, pediu vistas do processo, o que interrompeu o julgamento. Já nesta quarta, com o julgamento tendo sido retomado, o revisor divergiu da relatoria e votou por manter a pena de primeira instância

O voto foi acompanhado pelos juízes Alderico Rocha Santos e José Proto de Oliveira, sendo que este último voto pela redução da pena de 1 ano e 8 meses para apenas 1 ano.

Após o voto dos três desembargadores, o julgamento foi novamente suspenso com o pedido de vistas do juiz Márcio Antônio de Sousa Moraes Júnior. Depois dele, ainda faltará mais um voto.

A expectativa da defesa de Marconi Perillo é reverter, inclusive, a condenação de primeira instância por falsidade ideológica e caixa 2.

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