Última atualização 25/10/2024 | 10:28
Uma investigação recente no Mato Grosso do Sul revelou que desembargadores suspeitos de vender sentenças estão recebendo salários extremamente altos, chegando a até R$ 200 mil líquidos. Esses supersalários têm chamado a atenção de autoridades e da população, destacando a gravidade da corrupção no judiciário estadual.
Os desembargadores foram alvo da operação “Última Ratio”, deflagrada pela Polícia Federal (PF) com apoio da Receita Federal na manhã desta quinta-feira, 24, após três anos de investigação. Eles são investigados por lavagem de dinheiro, extorsão, falsificação e organização criminosa.
A investigação, que tem sido conduzida por órgãos responsáveis pela fiscalização do judiciário, apontou que vários desembargadores estão envolvidos em esquemas de corrupção, onde sentenças são vendidas a partes interessadas. Essa prática não apenas compromete a integridade do sistema judiciário, mas também gera desconfiança e injustiça.
Os salários dos desembargadores suspeitos são significativamente mais altos do que o padrão para magistrados no Brasil. No Mato Grosso do Sul, o salário-base de desembargador é de R$ 39.717,69, contando com vantagens não especificadas pelo TJMS. Um dos desembargadores, Marcos José de Brito Rodrigues, recebeu salário líquido de R$ 209.198,42 em fevereiro deste ano.
Investigação
Ao todo, a PF cumpriu 44 mandados de busca e apreensão contra os desembargadores, outros servidores públicos, nove desembargadores, além dos empresários suspeitos de se beneficiarem com o esquema.
As autoridades responsáveis pela investigação estão trabalhando para coletar provas e identificar todos os envolvidos nesses esquemas de corrupção. A expectativa é que as medidas tomadas sejam suficientes para restaurar a confiança no judiciário e garantir que a justiça seja aplicada de maneira imparcial.