Desembargadores vendem sentenças e lavam dinheiro em casas de luxo: STF determina bloqueio milionário e sequestro de imóveis

Venda de sentença: desembargadores lavaram dinheiro com casas de luxo

O STF determinou o bloqueio de R$ 1,8 milhão dos investigados e o sequestro dos
imóveis adquiridos por um magistrado

A Polícia Federal
deflagrou, nesta sexta-feira (20/12), a 2ª Fase da Operação Sisamnes, com o
objetivo de investigar o crime de lavagem de dinheiro decorrente do esquema de
venda de decisões judiciais revelado após a 1ª fase, ocorrida em 26 de novembro.

Segundo as investigações, foram detectadas sucessivas operações imobiliárias
suspeitas envolvendo mansões e promovidas pelos investigados, com aparente
propósito de dissimular a origem ilícita do dinheiro.

Por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF),
são cumpridos mandados de busca e
apreensão, afastamento das funções públicas de servidores do Poder Judiciário,
proibição de contato e saída do país, recolhimento de passaportes, além do
bloqueio de R$ 1,8 milhão dos investigados e o sequestro dos imóveis adquiridos
por um magistrado.

O nome da operação faz referência a um episódio da mitologia persa, durante o
reinado de Cambises II da Pérsia, que narra a história do juiz Sisamnes. Ele
teria aceitado um suborno para proferir uma sentença injusta.

Em novembro deste ano, a corporação deflagrou a Operação Sisamnes,
com o objetivo de investigar o esquema de corrupção, organização criminosa e
violação de sigilo funcional envolvendo integrantes do Judiciário mato-grossense
e outros agentes públicos.

As investigações estão centradas em dois desembargadores do Tribunal de Justiça
(TJMT): Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho. Ambos são suspeitos de
vender decisões judiciais e vazar informações sigilosas, incluindo detalhes de
operações policiais.

De acordo com a Polícia Federal, o esquema envolvia advogados, lobistas,
empresários e assessores que atuavam como intermediários entre os magistrados e
os interesses privados.

Além de pedidos de prisão e buscas e apreensões em Mato Grosso, Pernambuco e no
Distrito Federal, a operação também cumpre medidas cautelares, como o
afastamento de funções públicas de servidores envolvidos, bem como a
indisponibilidade de bens e valores dos investigados.

Fraudes

O desembargador João Ferreira Filho também tornou-se alvo de uma notícia-crime
enviada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). A acusação, protocolada pelo
locutor de rodeio Juan Carlos Brandespin Rolon, envolve a omissão do magistrado
em um esquema de fraudes no processo de espoliação de terras, avaliadas em R$
300 milhões.

A denúncia aponta que um advogado teria fraudado documentos de cessão de
direitos, com a validação de decisões judiciais pelo desembargador João Ferreira
Filho, mesmo após a descoberta da falsificação.

Os documentos apresentados por Rolon alegam que o magistrado ignorou provas
claras de falsificação e proferiu decisões que validaram fraudes no processo. A
situação resultou no confisco de terras e na emissão de notas fiscais falsas,
causando grandes prejuízos ao sistema fiscal.

Presentes

A Corregedoria Nacional de Justiça também determinou a quebra dos sigilos
bancário e fiscal dos magistrados Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira
Filho e outros envolvidos, além de iniciar processos disciplinares contra eles.

As investigações apontam que ambos tinham uma relação estreita com o falecido
advogado Roberto Zampieri, que atuava como lobista no TJMT, sugerindo que os
desembargadores teriam recebido “presentes de elevado valor” em troca de
decisões favoráveis.

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Enviado especial de Trump visitará Ucrânia em breve, confirma governo – Últimas notícias de geopolítica.

A Ucrânia confirma que o enviado de Trump visitará o país em breve. O general Keith Kellog foi nomeado como representante especial do presidente para a guerra na Ucrânia e Rússia no final de novembro. O governo da DE anunciou que o enviado especial de Donald Trump para lidar com a guerra no Leste Europeu, general Keith Kellogg, visitará o país em breve. A informação foi divulgada pela chancelaria ucraniana nesta sexta-feira (20/12).

A pasta, no entanto, não quis divulgar a data em que o encontro entre Kellogg e autoridades DE deve acontecer por questões de segurança. Como agência política estrangeira, estamos envolvidos na preparação da visita do representante especial general Kellogg à DE, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, Heorhiy Tykhoi. A data desta visita foi previamente determinada, não vou citar a data por questões de segurança, mas posso confirmar que estamos à espera do general Kellogg, teremos o maior prazer em recebê-lo, teremos o maior prazer em ter uma conversa, uma discussão com ele, e transmitir nosso ponto de vista.

Indicado ao cargo de enviado especial para a Ucrânia e Rússia no final de novembro, Kellogg é um veterano da Guerra do Vietnã. Ele já trabalhou com Trump durante o primeiro mandato do republicano, quando atuou como conselheiro de segurança nacional de Mike Pence, então vice-presidente norte-americano.

Antes da nomeação, o general chegou a elaborar um plano de paz sobre a guerra da DE. As propostas de Kellogg, no entanto, incluem pontos que podem enfraquecer os planos do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Entre elas estão um congelamento de linhas de batalha para discussões de um cessar-fogo, o que na teoria abriria espaço para que a Rússia fique no controle de territórios já conquistados na DE.

Apesar do anúncio do lado ucraniano, a Rússia informou que o representante de Trump ainda não estabeleceu contato com autoridades do país. Não, ele não estabeleceu contato com Moscou, disse o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Ryabkov, em entrevista à mídia estatal do país. Dois dias antes, Ryabkov reiterou a posição da Rússia em abrir diálogo com a nova administração dos EUA depois da posse de Trump, em 20 de janeiro de 2025.

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